Só faltam 4 jogos pra acabar um dos melhores Mundiais da história. Muito desse rótulo se deve aos grandes jogos e às surpresas que aconteceram. Porém, alguns jogadores e seleções deixaram a desejar. Nesse dia sem partidas, é hora de conferir, então, quem surpreendeu e que deu vexame na competição.
Surpresas

Charles Aránguiz (Chile) - O volante do Internacional e da seleção chilena atuou mais próximo do ataque ao lado de Vidal e marcou o segundo gol contra a Espanha. Foi o elemento surpresa na frente (como Paulinho deveria ser no Brasil), além de ajudar defensivamente. Depois desse Mundial, é bem provável que ele se valorize e atraia a atenção de clubes maiores da Europa.
Juan Cuadrado (Colômbia) - Para alguns, fez mais sucesso que James Rodríguez. Transformou o lado esquerdo de seus adversários em verdadeiros infernos. Fez apenas um (de pênalti, contra o Japão) dos 12 gols colombianos, mas participou diretamente de quase todos eles. O bom futebol demonstrado por ele chamou a atenção de clubes gigantes, como o Barcelona e o Manchester United, não deve ficar na Fiorentina.
Costa Rica - Eles já tinham feito uma grande participação nas Eliminatórias da CONCACAF, mas chegar às quartas-de-final do Mundial, se classificando em 1º num grupo com 3 ex-campeões mundiais era algo utópico. Jorge Luis Pinto conseguiu implantar uma filosofia tática em seus selecionados que nenhum outro ex-treinador da seleção costarriquenha conseguiu. A força defensiva foi base para o sucesso de Los Ticos. Tinham um goleiro sensacional, talvez a única não surpresa dessa equipe, pois ele já fez sucesso no Campeonato Espanhol pelo Levante, porém não só isso. Os defensores Umaña, Duarte e Díaz, assim como os volantes Tejeda e Celso Borges foram muito importantes para dar base ao setor ofensivo, organizado pelo capitão Bryan Ruiz. Entraram para a história com uma campanha brilhante.
França - Não é muito surpresa a chegada deles até as quartas. O que surpreendeu mesmo foi como eles chegaram lá. Caíram num grupo com poucas dificuldades esperadas e tornaram tudo mais fácil ainda com grandes exibições, mesmo depois do corte de Ribéry. Talvez, se ele estivesse na equipe, Valbuena não apareceria tão bem como apareceu, nem Benzema se movimentaria tanto como se movimentou, principalmente quando Giroud jogou. Quem mostrou ser muito bom foi o meio-campo dos Bleus, com Matuidi, Cabaye e Pogba, geraram muitos contra-ataques para a seleção francesa. Porém, ficaram pelo caminho mais uma vez.
Héctor Herrera (México) - Com o corte de Montes, ele fez o papel de ligar a defesa com o ataque muito bem. Criou muitas jogadas de perigo e também finalizou de fora da área. Se não ganhar mais espaço em seu clube, o Porto, pode buscar uma saída para outro lugar, onde possa jogar o tanto que merece, até porque se valorizou depois das apresentações no Mundial.

Vexames
Eden Hazard (Bélgica) - A seleção belga tinha muitos jovens, estreantes no Mundial. Isso é fato. Mas se tinha alguém de que era esperado bastante nos Diabos Vermelhos era Hazard. Principal nome dessa "geração de ouro", ele esteve apagado em todos os jogos que fez, com uma ou outra rara ocasião de gol criada, como no lance do gol contra a Rússia. Faltou a equipe jogar com ele? Faltou ele jogar com a equipe? O que se sabe é que faltou Hazard nessa Copa.

Inglaterra - Foi uma das seleções que mais se preocupou com a preparação para o Mundial. Treinou em locais com climas semelhantes aos que encontraria no Brasil, fez amistoso na Flórida, mas de nada adiantou. Perdeu para a Itália e pro Uruguai, empatou com a Costa Rica já eliminado. Não há dúvidas de que a seleção inglesa está no caminho certo de sua renovação (Sterling, Sturridge e Welbeck possuem grande futuro na equipe), porém o treinador Roy Hodgson poderia ter feito mais para buscar a vitória. Manteve Lampard e Wilshere no banco por muito tempo, mesmo quando era notório a falta de criação do meio-campo, com Gerrard sozinho. Saiu cedo, merecidamente.

Japão - Pra falar a verdade, não esperava muita coisa da seleção japonesa, principalmente depois da Copa das Confederações do ano passado, mas tinha gente lá na "Terra do Sol Nascente" que a considerava a melhor de toda a história do futebol no país. Então, quebraram a cara. Perderam para marfinenses e colombianos (2 a 1 de virada e 4 a 1) e empataram com a Grécia. Talvez numa próxima vez, Samurais Azuis.

Espanha - Que a maldição dos campeões mundiais existe não há dúvidas, mas levar a Espanha, maior conquista do futebol nos últimos tempos, logo na primeira fase é cruel. Jogaram muito mal, mais apáticos que o treinador Vicente Del Bosque na comemoração de um gol, com um cone na frente (Diego Costa, vaiado ou não, era uma corpo extranho no tiki-taka já decadente). Chegou a dar dó do Villa no último jogo. Del Bosque deixou ele no banco nas partidas que estavam valendo, poderia ser o responsável pela reviravolta da Roja antes de ser eliminada, só que não pôde nem tentar. Jogou e bem contra a Austrália, de nada adiantou.

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