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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Arbitragem - condições anormais de temperatura e pressão

 Está cada vez pior a situação dos árbitros e auxiliares no Brasil. Além de são serem profissionalizados, sofrem como se fossem. Já não bastassem seus erros, como humanos que são, também tem certa pressão exagerada de jogadores, comissões técnicas e até de dirigentes. Esses, procurando esconder péssimas atuações, bailes tomados contra as equipes adversárias, se agarram a erros dos antigos homens de preto (hoje são homens de preto, ou de azul, ou amarelo, vermelho, rosa, multicoloridos).

  Tá certo que tem erros que definem os jogos, como no Santos x Corinthians, o time nem jogou tão mal assim, ou estava conquistando suados pontos, com inúmeros desfalques. Até por isso que a revolta do torcedor e do jogador aumenta. 


A pressão sobre a arbitragem cada vez mais prejudicando
o trabalho de árbitros e jogadores
  Mas, até que ponto é erro de arbitragem (popularmente conhecido como roubo) e até que ponto é excesso de forçação de barra de torcida e jogadores? O árbitro ficando cada vez mais exposto, enquanto os vulgo "craques" se jogando quando outro jogador o encosta, só para botar mais pressão no "homem do apito", aí quando ele erra, é punido, sendo escalado para divisões inferiores, ou não exercendo sua função durante certo período. É assim, nesta pilha de nervos, que os árbitros entram em campo.

  Longe de mim de tratar os árbitros como mocinhos dessa história. Afinal, o que se espera dele é total parcialidade e perfeição. Entretanto, tratá-los como robôs não irá ajudá-los no trabalho, pelo contrário, dificultará ainda mais a situação. 

  As medidas apresentadas para ajudar o trabalho da arbitragem no futebol, como o uso da comunicação via rádio e dos árbitros-assistentes, não estão mudando muita coisa nas atuações deles. Acho que o uso do vídeo pela arbitragem seria uma medida muito mais proveitosa. É assim, usando a tecnologia, que se conseguirá algum avanço em níveis de arbitragem e uma regressão em conversas do bar.

domingo, 12 de agosto de 2012

Jogos Olímpicos Londres 2012 - balanço final - internacional

 Quem gosta de esporte e acompanhou os Jogos Olímpicos intensamente, com certeza esteve contentíssimo com o que viu. Realmente, pro fã do esporte em geral, ou seja, aqueles que gostam tanto de futebol, quanto de badminton, vôlei, halterofilismo, tiro com arco, atletismo, natação, basquete e por aí vai, as Olimpíadas não deixaram a desejar.

Walsh e May, tricampeãs olímpicas
Phelps, o maior medalhista olímpico
 Pra variar, a maioria dos campeões olímpicos eram dos Estados Unidos, com a China muito próxima. O norte-americanos, como sempre, ganharam em esportes variados (foram 9 ouros no atletismo, 2 no basquete, um no boxe, outro no ciclismo, mais um no futebol, 3 na ginástica, um no judô, dois na luta livre, 16 na natação, um no polo aquático, remo e saltos ornamentais, 3 no tiro esportivo, 3 no tênis e um no vôlei de praia). Vale dar ênfase a alguns ouros: o do 4x100 feminino no atletismo, com quebra do recorde mundial após 27 anos; os dois do basquete, com sobras e domínio total; o penta no futebol; o tricampeonato de Walsh e May no vôlei de praia; além dos 4 ouros de Michael Phelps, maior atleta olímpico da história, com 18 ouros em 22 medalhas.


Os britânicos vibraram no velódromo com as medalhas conquistadas pelo país
 E o país-sede? Fez uma memorável participação, atrás apenas das duas superpotências. Os 8 ouros no ciclismo, mais atletismo, remo, boxe, entre outros, o Reino Unido fez história.


...e calou a todos que o criticavam
o raio Bolt passou por Londres...
 Tudo muito bom, muito bem, mas quando se for falar em atletismo, temos que falar da nova lenda Olímpica: Usain Bolt. O homem-raio conquistou três dos quatro ouros da Jamaica, que conquistou 12 medalhas, todas no atletismo. Quem viu, jamais irá esquecer os 100 metros rasos, em qual Bolt calou os críticos e fez explodir o Estádio Olímpico. E os 200 metros, com ouro, prata e bronze para o país de Bob Marley? Claro, com Bolt levando o ouro. Também não esquecerá os 4x100, com recorde mundial. O Mundo viu que a ciência ainda não conseguiu explicar quem é, ou melhor, o que é Usain Bolt.


os homens mais rápidos do mundo...
...e as mulheres mais rápidas do mundo
 Tecnicamente, é na Olimpíada que se deve fazer o seu melhor. Em Londres, 38 atletas fizeram não só o seu melhor, mas o melhor do seu esporte. Elena Lashmanova (Rússia) na marcha atlética de 20 km, os jamaicanos no 4x100, as norte-americanas no 4x100, David Rudisha (Quênia) nos 800m, Tatiana Kashirina (Rússia) no levantamento de peso, Lulu Zhou                                                 
(China) também no levantamento de peso, a italiana Jessica Rossi no tiro esportivo, as nadadoras norte-americanas no   4x100, as          
ciclistas britânicas nos 3000 metros por equipes, Ilya Ilyin (Casaquistão) no levantamento de peso, as nadadoras Yang Sun (China) nos 1500 metros, Missy Franklin (EUA) nos 200 metros nado livre, Rebecca Soni (EUA) nos 200 metros nado costas, Dana Vollmer (EUA) no 100m borboleta e Shiwen Ye (China) nos 400m medley, entre outros.


Pistorius fez história em Londres
 Devemos lembrar não só dos recordes, mas também das barreiras quebradas. A principais foram a participação das mulheres em todos os países árabes. Houve também a aprovação do uso do véu para atletas islâmicas. Mas a maior barreira quebrada foi quebrada com Oscar Pistorius, o primeiro corredor com as pernas amputadas da história olímpica. Mostrando que as Olimpíadas vão além das medalhas e recordes.     

Jogos Olímpicos Londres 2012 - balanço final - Brasil

Fabiana Murer culpou o vento, não fez seu último alto,
e saiu na primeira fase do salto com vara.
 A expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro para essa Olimpíada era de conquistar mais medalhas que na edição de Pequim, quatro anos atrás. Só que esse prognóstico (segundo o COB, 16 medalhas, o que já foi conquistado em Londres) contava medalhas no judô que não vieram, com Leandro Guilheiro e Thiago Camilo. Também contava com pelo menos mais um bronze com César Cielo nos 100 metros nado livre. Outra medalha viria com Fabiana Murer no salto com vara. Porém, todas essas medalhas não vieram. Mas, como é que o Brasil cumpriu as expectativas de mais de 15 medalhas? Simples, aqueles que menos se esperavam, ou que menos se falavam, conquistaram pelo menos o bronze em seus esportes. 


Sarah Menezes, com o histórico
primeiro ouro feminino do judô.
Arthur Zanetti, a primeira medalha
da ginástica artística do Brasil.
 No primeiro dia olímpico, um ouro, com Sarah Menezes, e um bronze, com Felipe Kitadai, ambos no judô, com esse dia premiado a expectativa de uma histórica Olimpíada para o Brasil aumentou. No segundo dia, a prata de Thiago Pereira. Depois disso, uma seca começou. Guilheiro e Camilo perderam. Depois de dois dias o judô voltou a conquistar bronzes, com Mayra Aguiar e Rafael Silva. César Cielo ficou abaixo das expectativas e teve que se contentar com um mísero bronze. A vela contribuiu com um bronze de Robert Scheidt e Bruno Prada na classe Star. Arthur Zanetti levou o ouro nas argolas da ginástica artística, fazendo história. O vôlei de praia não rendeu o esperado, conquistando um bronze com Juliana e Larissa, e uma prata com Alison e Emanuel. Agora vem as medalhas históricas do boxe, com o melhor desempenho da história, dois bronzes (Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão) e uma prata (Esquiva Falcão), mesmo com pouquíssimo investimento e apoio. Outras medalhas que merecem certo destaque foram as do vôlei (esse com grande investimento), as meninas levaram o ouro na superação, fazendo jogos históricos contra a Rússia e os Estados Unidos, os garotos foram superados pelos russos e levaram a prata, depois de um ano terrível. No futebol, prata da casa, já sabe. Teve ainda um bronze do pentatlo moderno com Yane Marques.


 Outros esportes que não levaram medalhas merecem destaque. O handebol feminino do Brasil provou que está pronto para conseguir uma medalha, quem sabe em 2016. O basquete masculino poderia até conquistar uma medalha, mas uma irônica vitória para a Espanha levou a equipe de Rubén Magnano a enfrentar a espetacular Argentina, aí a falta de experiência olímpica pesou.

 Bom, pra 2016 o Brasil vai ter que fazer mais, muito mais. A minha expectativa de medalha é de mais de 20, espero que aconteça, tá difícil, mas o brasileiro espera o melhor do atleta de seu país (até por isso, critica e cobra muito), ainda mais jogando em casa.