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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Certeza x Surpresa, ou Afirmação x Tradição

  De qualquer forma, o Galo chegou na decisão da Libertadores pela primeira vez na sua história. O que não era esperado, nem mesmo para o torcedor do Olímpia, era uma possível chegada na final do clube paraguaio, que precisou da pré-Libertadores para se garantir na fase de grupos.
Que o Atlético Mineiro era favorito para chegar a final já se sabia, mas do jeito que foi, em especial as últimas duas disputas, com Tijuana e Newell's Old Boys, ninguém previu.

 Um time que passa por uma fase ruim financeiramente, com salários atrasados, quinto colocado do primeiro turno do Campeonato Paraguaio, mostrou todo o poder do "Rey de Copas", como é chamado no Paraguai, e terminou na liderança do grupo 7, com boas vitórias contra a Universidad de Chile (3 a 0 no Defensores del Chaco), o Deportivo Lara (5 a 1, na Venezuela) e o Newell's Old Boys (4 a 1, também no Defensores). Nos mata-matas, o Tigre até ganhou na Argentina por 2 a 1, mas no Defensores del Chaco é complicado. A vitória por 2 a 0 levou o Olímpia para a próxima fase. O Fluminense, outro favorito a chegar à final, aparentemente subestimou o poder da camisa, da tradição do maior campeão paraguaio, que empatou em São Januário e bateu o tricolor carioca em Assunção. Na semifinal, outra
Time do Olímpia de 1960
batalha sendo tratado como o mais fraco. Realmente, o colombiano Santa Fé vinha fazendo uma grandiosa competição, eliminado outro favorito, o Grêmio, mas perdeu para a tradição do Olímpia, que se tornou o único clube a chegar em pelo menos uma final em cada década desde o início da Copa Libertadores (1960 - a primeira Libertadores, 1979, 1989, 1990, 2002 e 2013), é nisso que o clube se prende para surpreender mais um favorito.



 O favorito que o Olímpia enfrenta agora é diferente, mostrou várias vezes ser capaz de mudar a situação de jogos dados como perdidos, além de mostrar ser imbatível quando apoiado pela sua torcida. Um ataque muito perigoso, que compensa bastante as dificuldades defensivas da equipe, a ponto de parecer uma equipe defensivamente forte que não tem apenas um grande goleiro. Engoliu os adversários da primeira fase, perdendo apenas para o São Paulo na última rodada, mas que foi um jogo à parte, as oitavas de final foi outra história (como Ronaldinho afirmou na saída do gramado do Morumbi, após o 2 a 0). Com o São Paulo novamente pela frente, o Galo ganhou no Morumbi e atropelou no Independência. Na fase seguinte,
Depois do pé esquerdo, foi a vez das mãos de Victor
fazerem a diferença
o traiçoeiro Tijuana (a história desse duelo já foi mostrada aqui no Blog). O pé salvador de Victor na defesa do pênalti, aos 46 do segundo tempo, foi o principal símbolo da vitória atleticana. A queda do rendimento da equipe foi sentida, especialmente contra o Newell's Old Boys em Rosário, os 2 a 0 para o campeão argentino saiu barato para o Galo, que percebeu isso, soube entender que, embora fosse uma derrota, poderia ter sido pior, e o time tinha qualidade suficiente para reverter o resultado em BH. Não só qualidade, torcida também. Dois a zero pro Galo, com sofrimento (mesmo com gol no início) até o fim. Resultados iguais, jogo foi para pênaltis. O momento da consagração do goleiro. Victor contou com a ajuda dos argentinos, que mandaram duas bolas para fora, mas pegou a bola decisiva de Maxi Rodríguez. Pela primeira vez nos 105 anos, o Atlético chega à principal decisão das Américas, em busca de afirmar seu favoritismo e conquistar o principal título de sua história.                

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