Enfim, La Roja

 O futebol demonstrado pela Espanha durante a Euro 2012 não vinha sendo empolgante. Na fase de grupos, sofreu para empatar com a Itália, derrotou a fraca Irlanda sem esforço e achou um gol contra a Croácia. Nos mata-matas, ganhou da problemática França e de Portugal nos pênaltis. Precisavam de uma boa apresentação em pelo algum jogo da competição, e conseguiram na final, mais uma vez jogando contra a Itália. O 4 a 0 avassalador da Fúria nos fez relembrar qual é a melhor seleção do Mundo no momento.

 Mesmo com Arbeloa, substituindo Puyol, e sem atacante, já que não tem Villa, Torres no banco, a Espanha dominou o jogo. Tudo bem que a Itália ficou longe daquela que surpreendeu a Alemanha e a todos na semi-final, porém não diminui o mérito da Roja. ¡Campeones de Europa!  

As novas caras da NBA

  O Draft 2012 da NBA (para os leigos, as franquias da liga escolhem jogadores vindos das universidades norte-americanas, além de alguns estrangeiros) teve como principais destaques duas universidades: a de Kentucky, campeã da liga universitária, com as duas primeiras escolhas vindas de lá, e a de North Carolina, com quatro jogadores escolhidos na primeira rodada.

Anthony Davis, 1ª escolha do Draft 2012

  Para quem já vinha acompanhando, era claro que a primeira escolha seria por Anthony Davis. O ala-pivô teve média de 14.2 pontos, 10.4 rebotes e 4.7 tocos por jogo na universidade, peça-chave para a conquista do título da Universidade de Kentucky. Sobrou para o New Orleans Hornets, detentor da primeira escolha, levar o cara. 

  A segunda escolha não foi tão fácil de se prever. As previsões mais confiáveis davam que Thomas Robinson, da Universidade de Kansas, seria o escolhido. Porém Robinson foi apenas a quinta escolha, a mesma que previam onde a segunda escolha "real" estaria. O Charlotte Bobcats escolheu Michael Kidd-Gilchrist, da mesma Universidade de Kentucky. O ala teve média de 11.9 pontos e 7.4 rebotes por partida. Pela primeira vez na história do Draft as duas primeiras escolhas são da mesma universidade. Outros dois foram escolhidos da mesma universidade na primeira rodada, são Terrence Jones (ala, 18ª escolha, para o Houston Rockets) e Marquis Teague (armador, 29ª escolha, para o Chicago Bulls).

Roy Williams, técnico de North Carolina, com o boné dos
quatro times que escolheram seus jogadores

  O outro destaque da noite, a Universidade de North Carolina contribuiu com quatro escolhas no primeiro round. Harrison Barnes (ala, 7ª escolha, para o Golden State Warriors), Kendall Marshall (armador, 13ª escolha, para o Phoenix Suns), John Henson (ala-pivô, 14ª escolha, para o Milwaukee Bucks) e Tyler Zeller (ala-pivô, 17ª escolha, para o Dallas Mavericks, que o trocou com o Cleveland Cavaliers).

Mais um brasileiro na NBA

Fab Melo agora é do Boston Celtics

  Com a 22ª escolha do Draft, o Boston Celtics selecionou Fab Melo, da Universidade de Syracuse. Isso mesmo, Fabrício Paulino de Melo, brasileiro, está na NBA. Melo foi destaque defensivo em  Syracuse e poderá ajudar muito em uma possível renovação do elenco do Boston Celtics. 

  Outro brasileiro (na verdade, filho de brasileiros, tem dupla nacionalidade), Scott Machado, também estava previsto para ser escolhido no segundo round. Porém, não foi possível. muito por causa de ter jogado em  uma universidade de pouca expressão, a de Iona. Scott será mais observado na Liga de Verão e ainda tem chances de entrar na NBA. 

   

     

¿Hijo de Romario?

 Mesmo sendo um grande erro dos jornais argentinos, dizendo que Romarinho era filho do Romário, o jogador se sentiu tal e praticamente colocou uma das mãos corintianas na taça da Libertadores.

28' - segundo tempo - Boca 1 x 0 Corinthians

 A defesa sólida, uma verdadeira retranca, temendo as jogadas de Riquelme, conseguiu segurar o ímpeto dos xeneizes, muito também por causa dos gols perdidos de Mouche e Santiago Silva, principalmente. Até em um lance de escanteio, o primeiro não cobrado por Riquelme, Roncaglia aproveitou e fez no rebote da cabeçada de "El Tanque" S. Silva.

40' - segundo tempo - Boca 1 x 1 Corinthians

 Porém, Tite coloca Romarinho no lugar de Danilo. O grande aumento da velocidade de jogo proporcionado pelo novo jogador surpreendeu o Boca, e no primeiro lance de contra-ataque saiu o gol de empate do Corinthians. De quem? Ou melhor, ¿de quién? Sim, Romarinho, que ganhou uma vaga no banco após decidir o jogo contra o Palmeiras pelo Brasileirão. 

 Será que ele começa jogando no jogo de volta? Já que o Corinthians precisa de uma vitória simples para não levar à prorrogação. Assim como o Boca. Tudo ficou para o Pacaembu.

Finais

 Decidi fazer esse post com as duas finais super-esperadas do primeiro semestre do futebol nacional. Serão quatro jogos muito disputados envolvendo Palmeiras, Coritiba, Corinthians e Boca.

  Vamos começar pela Libertadores. Depois de muita esperança e pouco futebol no ano passado, o Corinthians caiu para o Tolima. Porém, se reergueu de forma épica conquistando o Brasileirão. Entrou nesse ano na Libertadores como segundo ou terceiro candidato a final e a título. Pode ser até por essa pressão menor que o time cresceu no campeonato e terminou como o melhor time da fase de grupos. Nos mata-matas, passaram Emelec, Vasco e o favorito Santos. Depois disso, se tornou favorito, e como, para a conquista do primeiro título sul-americano.

  Só que o adversário do Corinthians tem toda a experiência em finais que o clube paulista não tem. O hexacampeão Boca Júniors, com elenco muito experiente, cresce nos mata-matas. Se classificou em segundo no seu grupo, atrás do Fluminense, levou sorte enfrentando o Unión Española e conseguiu "se encorpar" para as próximas fases. Foram-se o Fluminense e a Universidad de Chile. Agora, o Boca vai usar a força da La Bombonera para se igualar ao Independiente, também argentino, como os maiores campeões da Libertadores.

  Copa do Brasil. A sensação do palmeirense de chegar a uma final da competição, depois de 14 da última vez, além disso, de ver chances reais de um título chegar depois de algum tempo, é indescritível. Quando o Palmeiras derrotou o Coruripe, poucos esperavam que aquele time chegaria na final. Pois é, passou por Coruripe, Horizonte, Paraná, Atlético Paranaense e o Grêmio, em um jogo que lembrou muito os jogos clássicos entre os dois nos anos 90. O Palmeiras chegou na final, com um grupo relativamente fraco, porém muito aguerrido e disciplinado taticamente.

  Entretanto, quem irá enfrentar o Palmeiras na final é o bom time, e algoz do ano passado, Coritiba. Em 2011, os 6 a 0 no Couto Pereira praticamente acabou com as chances do clube paulista. Ano novo, vida nova? Veremos. O Coxa manteve um bom elenco para 2012, derrotou o Nacional-AM, o Asa (conhecido dos palmeirenses), o Paysandu, o Vitória e o São Paulo, com média de 3,75 gols por jogo no Couto Pereira. No segundo ano consecutivo na final da Copa do Brasil, o clube tenta o primeiro título.