Grupo 2 - Mesmo um tanto desacreditado, perdendo todos os jogos fora de casa, o Palmeiras terminou a fase de grupos na liderança do grupo. Muito graças à mudança de postura do elenco, que mostrou garra nos momentos decisivos, principalmente nos jogos contra o Tigre e o Libertad, ambos no Pacaembu, onde a torcida alvi-verde apoiou fortemente seu time. Outro classificado foi o Tigre, que mostrou um anti-jogo irritante em suas partidas. A principal tática dos argentinos é a de bater em adversários, "descer a bota" realmente. Porém, não teriam passado de fase se não surpreendessem o favorito do grupo, o paraguaio Libertad, que agiu como um verdadeiro cavalo paraguaio puro sangue no jogo decisivo do grupo. Jogando em casa, o time do presidente da Conmebol, Nicolás Leoz (inclusive é ele quem dá nome ao estádio do clube), foi absurdamente surpreendido pelo Tigre, que chegou a fazer 5 a 2 e se tornar líder do grupo, após a derrota do Palmeiras para o Sporting Cristal. Todavia o terceiro gol do Libertad não permitiu a classificação argentina como primeiro do grupo, mas nada alterou a saída dos paraguaios na fase de grupos da maior competição do continente.
Grupo 3 - Pode ser visto pelo lado avassalador do Atlético-MG, cinco vitórias em seis jogos, com Ronaldinho, Jô, Bernard e Diego Tardelli em sintonia. Também pode ser visto pelo lado são-paulino que, diferentemente das últimas participações, foi de apreensão, sofrimento, mas no final terminou sendo de alívio e um pouco de sorte. Devido ao desfalque de Luis Fabiano, suspenso, o tricolor paulista não achou um centroavante para substituí-lo e sofreu pra fazer gol nos três últimos jogos. Junto com a dificuldade em fazer gols, veio a facilidade em levar gols, acarretando em duas derrotas fora de casa para o Arsenal de Sarandi e o The Strongest. A situação no grupo ficou complicada, a equipe precisava ganhar o jogo contra o Galo e torcer pela derrota do The Strongest. O que se viu no Morumbi no dia 17 de abril de 2013 foi o que é chamado de "lavagem de alma", o estádio lotado viu o São Paulo bater por 2 a 0 um irreconhecível Atlético-MG, mais que isso, viu Ganso mostrar seu valor e Rogério Ceni liderar uma equipe que parecia desacreditada. Aliás, Rogério, que foi criticado por falhas até pela esposa de seu reserva, é vice-artilheiro do time na Libertadores 2013, atrás apenas de Luis Fabiano, cujo retorno é esperado, mais calmo, para o segundo jogo das oitavas-de-final.
Grupo 4 - O Vélez Sarsfield mostrou-se ser o melhor argentino nesta edição da Libertadores. Líder do grupo, contou com boas atuações de Federico Insúa, Fernando Gago e Jonathan Copete. Emelec e Peñarol disputaram a segunda vaga, com o Emelec conseguindo a classificação ao bater o Peñarol por 2 a 0, em casa. Já o Deportes Iquique foi tão irrelevante no grupo que sua única vitória não impediu o Emelec de conseguir sua classificação.
Grupo 5 - O atual campeão, Corinthians, obteve a classificação facilmente, perdeu apenas um jogo, para o Tijuana, no México, e passou em primeiro para a próxima fase. O fato mais comentado na participação corintiana aconteceu fora dos gramados, a morte do torcedor do San José devido a um sinalizador lançado pela torcida alvinegra ainda dá o que falar, porém houveram menos ações do que o necessário. O Tijuana, outro classificado do grupo, foi um dos destaques dessa primeira fase. Estreante na competição, por pouco não terminou invicto, na liderança do grupo. Acabou em segundo, mas melhor que alguns primeiros colocados. Fidel Martinez, com 3 gols e uma assistência, foi o destaque dos "Xolos".
Grupo 6 - Quem viu o prognóstico no início da Libertadores feito aqui, notou que tudo o que foi dito sobre o grupo 6 aconteceu ao contrário. O Cerro Porteño, "favorito", foi lanterna. O "segundo menos pior", Tolima, terminou em terceiro. Nem preciso falar dos dois que apenas completariam o número. O Independiente Santa Fé dominou o grupo. Único invicto na competição, os colombianos passaram pelo Cerro Porteño, Deportes Tolima e Real Garcilaso com 4 vitórias e 2 empates. Omar Pérez, com 2 gols e 2 assistências, e Cristian Borja, com 4 gols, são nomes importantes na equipe. O peruano Real Garcilaso terminou em segundo.
Grupo 7 - Se no grupo 6 minha previsão foi totalmente contrária ao que ocorreu, o grupo 7 ocorreu conforme o esperado. Olimpia e Newell's Old Boys terminaram na frente, com a Universidad de Chile quase roubando a vaga do Newell's, porém terminando atrás. Enquanto o Olimpia contou com os gols de Fredy Bareiro e as boas atuações de Juan Manuel Salgueiro para terminar na liderança, o Newell's aproveitou-se da experiência de alguns de seus jogadores, como Gabriel Heinze e Maxi Rodríguez.
Grupo 8 - Embora Grêmio e Fluminense passaram de fase, o enredo do grupo foi surpreendente. Nas duas primeiras rodadas, todos os vencedores foram visitantes. Além disso, os jogos mostraram toda falta de lógica do futebol. Exemplo: o Huachipato, em casa, perdeu por 3 a 1 para o Caracas, mas o jogo na Venezuela foi 4 a 0 para o Huachipato. Outro exemplo: o Fluminense derrotou o Caracas no primeiro jogo, em seguida, levou 3 a 0 do Grêmio no Engenhão, enquanto o Caracas derrotava o Huachipato, que havia vencido o Grêmio na Arena Grêmio. Entretanto, o resultado final foi positivo para os brasileiros, conforme o esperado. Barcos e Zé Roberto comandaram a equipe gremista, que terminou em segundo. Já o Flu, líder do grupo, mostrou força coletiva no momento da lesão de Fred, principal nome do time.
Pela primeira vez, seis clubes brasileiros chegaram à fase de mata-matas da Libertadores, ou seja, todos que começaram a competição. Quatro argentinos permanecem, assim como um colombiano, um equatoriano, um mexicano, um paraguaio, um peruano e um uruguaio. O risco das duas semi-finais serem formadas por 4 brasileiros existe, por causa da forma de chaveamento. Enfim, espera-se ainda mais emoção para essa fase final da competição sul-americana.
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