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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Salvador Cabañas - um verdadeiro futebolista

Cabañas, no auge da carreira (e da forma) 

 De estrela do futebol mexicano e paraguaio para a beira da morte, da beira da morte para a falência. Cabañas passou por muitas coisas em seus 33 anos. Revelado pelo 12 de Octubre, começou a carreira em 1998, passou por Guaraní de Assunción, Audax Italiano, do Chile, Jaguares e América do México, sua segunda pátria, por onde esteve de 2003 a 2010, fazendo história principalmente no América ao conseguir a artilharia da Libertadores por 2 anos consecutivos (2007 e 2008) e responsável pela eliminação de Flamengo e Santos na edição de 2008 do torneio continental. Pela seleção paraguaia, era o principal jogador da equipe comandada por Tata Martino, principal esperança de gols na Copa do Mundo 2010. Até que "El Toro" caiu, seu mundo também, na madrugada do dia 25 de janeiro, já no ano do Mundial da África do Sul, após levar um tiro na cabeça em uma casa noturna.

Primeira tentativa de retorno
 de Cabañas foi  no 12 de Octubre
 Pouco mais de 2 meses após dar entrada ao hospital Angeles del Pedregal, na Cidade do México, ele recebeu alta. O pior passou? Talvez. O único que pode dizer o que foi pior: a recuperação ou o que aconteceu depois, só Cabañas pode responder. O América, que prometeu ajudar o craque paraguaio na recuperação, abandonou-o. Falando em abandono, foi o mesmo que aconteceu com seu agente e sua esposa, que o deixaram sem dinheiro, tendo que trabalhar na padaria de seu pai. 
 Mesmo com o fundo do poço cada vez mais próximo, Cabañas só pensava em uma coisa: retornar ao futebol. Chegou a treinar em 2011 no Libertad, tentou o recomeço no 12 de Octubre, onde tudo começou, e no General Caballero, comandado pelo ex-companheiro de seleção, Aldo Bobadilla, mas as dificuldades financeiras falavam mais alto e o atacante não conseguia se preparar. Aí aparece na história Irineu Alves Ferreira.
 Irineu, presidente do Tanabi Esporte Clube, da série B (4ª divisão) do campeonato paulista, time que ficou conhecido por contratar Túlio Maravilha, em sua busca pelo "milésimo" gol, Viola, aos 44 anos, e Boiadeiro, aos 47 anos, ficou sabendo da situação de Cabañas e viajou para o Paraguai de carro na tentativa de contratá-
Cabañas e Irineu na apresentação
 do paraguaio em Tanabi
lo. Ao invés de bugigangas (talvez trouxe uma ou outra, mas não vem ao caso), Irineu trouxe um camisa 10 com vontade de jogar futebol para seu time. Sem dúvida, a contatação mais acertada entre as citadas, na teoria. Tá certo que serão apenas 3 jogos, mas a tentativa de mostrar Tanabi ao mundo e a de retornar ao futebol e ao sucesso uniu o útil ao agradável.
 O que mais chama a atenção no caso de Salvador Cabañas não é nem a superação do atacante, mas a vontade de voltar a jogar em grandes clubes e na seleção de seu país, até mesmo o simples fato de voltar a jogar futebol profissionalmente, que moveu "El Toro" em sua recuperação, mostrando uma boa definição do que é ser futebolista.

"Ficar sem jogar e sem marcar os gols me entristeceu muito, mas não vou mudar nunca. Estou preparado para voltar a jogar em equipes grandes e quero retornar à seleção do Paraguai(...) Quero mostrar que estou recuperado totalmente para o futebol. Vou trabalhar forte para mostra isso. Quero fazer gols e ficar contente. É uma promessa." - Salvador Cabañas


   
    
  

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