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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Madrid vs Madrid

 Do domínio na fase de grupos, passando por atropelamentos no início dos mata-matas, até chegar aos resultados surpreendentes das semifinais. Foram caminhos semelhantes, que terminaram no mesmo destino: o Estádio da Luz, em Lisboa. Pra garantir o tom histórico à partida, será a primeira final de Champions League disputada entre duas equipes da mesma cidade. O Real Madrid, maior campeão e em busca do 10° título da Liga, enfrentará o Atlético de Madrid, que retorna após 40 anos à decisão da maior competição europeia de clubes.
Atlético finalista de 1974
      Em 1974, o Atlético passou por Galatasaray, Dinamo Bucharest, Red Star Belgrado e Glasgow Celtic até encarar o Bayern de Munich, base da seleção campeã mundial no mesmo ano, com Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Paul Breitner e Gerd Müller. Aí não deu. Mesmo assim, os colchoneros, entre eles o futuro técnico e saudoso Luis Aragonés, ficaram para a história da equipe. O técnico era o argentino Juan Carlos Lorenzo, mesma nacionalidade do atual treinador, Diego Simeone. O estilo que Cholo Simeone implantou na equipe desde sua chegada em 2011 foi comparado ao de equipes sul-americanas, com muita garra, marcação forte, contra-ataque e torcida fanática. 
Koke, Simeone, torcida, Diego Costa, Courtois
são alguns destaques da equipe do Atlético
 O time de Libertadores chegou à final da Champions League, após dominar o grupo G (Zenit, Porto e Austria Viena não tiveram chances), passar por cima do Milan (1 a 0 em Milão e 4 a 1 em Madri), ganhar na bola do Barcelona (1 a 1 em Barcelona e 1 a 0 em Madri) e de certa forma surpreender o Chelsea de José Mourinho em Londres, com um 3 a 1, depois de empatar sem gols em casa. O maior destaque do Atléti pode até ser Diego Costa, artilheiro da equipe no ano, mas não dá pra não falar do goleiro Courtois, do zagueiro Miranda, do meio-campo com Tiago, Koke, Gabi e Arda Turan, enfim... o grupo como um todo é o maior destaque, junto com sua torcida, típico de uma grande equipe da Libertadores.
Gol histórico de Zidane contra o Leverkusen
na final de 2002 
O Real atropelou o Bayern em Munique
 Do outro lado de Madri, o mais tradicional clube do mundo, mas que não chegava a uma final de Champions desde 2002, quando os Merengues tinham Hierro, Roberto Carlos, Makélélé, Figo, Zidane, Raúl e Morientes e derrotaram o Bayer Leverkusen por 2 a 1, com um gol histórico de Zidane. Em 2014, Zizou segue no Real, mas agora como auxiliar do treinador Carlo Ancelotti, não mais como destaque da equipe. Quem é o cara agora é Cristiano Ronaldo, com 16 gols na Liga, distribuídos nos 12 jogos, começando pelos da fase de grupos, onde o resultado menos positivo foi um empate com a Juventus por 2 a 2. Teve 6 a 1 sobre o Galatasaray na Turquia, 4 a 0 contra o Copenhague e domínio total do grupo B. Outro 6 a 1 aconteceu contra o Schalke 04, mais um atropelado pela máquina madridista. Contra o Borussia Dortmund, os 3 a 0 no primeiro jogo deu tranquilidade para a partida de volta, vencida pelos alemães por 2 a 0. Antes de chegar ao Estádio da Luz, o Real teve que derrubar o maior favorito na semifinal. O Bayern de Munich de Guardiola, invicto como treinador contra os Merengues, perdeu no Bernabéu por 1 a 0 e viu a Allianz Arena se calar com um imprevisível 4 a 0 para os espanhóis.
 É claro que o CR7 é o dono da equipe, só poderia ser isso mesmo. Porém, Casillas voltou à grande forma, Sérgio Ramos, Marcelo, Bale, Modric e Benzema dão o apoio necessário para o craque português brilhar. Xabi Alonso pode ficar de fora, Casemiro - ele mesmo - tem tudo para pegar essa vaga no meio-campo e atuar na grande final.
 Os mais de 65 mil lugares do Estádio da Luz estarão, teoricamente, bem divididos entre Merengues e Colchoneros, mas fica claro que o maior apoio será dado para o Real, de Ronaldo, ídolo da atual Portugal e maior esperança para a Copa no Brasil. Não resta dúvidas que será uma das maiores finais da Champions League de todos os tempos. 
Estádio da Luz, palco da final madrilenha


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