Demoraram mais de 100 anos (contando a idade do clube), ou 52 anos (contando o ano de surgimento da Libertadores), mas o mais importante é que o Corinthians conquistou a América. Aliás, não só a América. Com uma presença histórica da torcida Alvinegra no Japão, o Timão venceu o Chelsea e conquistou o bi Mundial (segundo a FIFA).
Vamos começar pelo início do ano. Após a conquista do Brasileirão em 2011, o planejamento corintiano foi feito para disputar a Copa Libertadores de maneira correta, diferentemente do ano passado, no qual o Deportes Tolima eliminou, na fase pré-grupos, o time paulista. Junto com a Libertadores, o clube disputou o Paulistão, e fez desse campeonato um torneio preparatório, para ver a força do time. No final da primeira fase, o Corinthians terminou em primeiro. Entretanto, nas quartas-de-final, foi eliminado pela Ponte Preta. Derrota que custou caro para o goleiro Julio César, muito criticado. Tite, então, colocou Cássio, jogador que seria decisivo nos momentos chaves do ano.
O começo do Brasileirão foi um momento de testes para os reservas de Tite. Até o fim da Libertadores, o time do campeonato nacional, maioria de jogadores reservas, ficaram na parte de baixo da tabela. Mas foi no Brasileiro que apareceu outro nome importante de 2012. Contra o Palmeiras, no Pacaembu, Romarinho acabou com o jogo, marcando dois gols e garantindo a vitória por 2 a 1.
De volta para a Libertadores. Na fase de grupos, o Corinthians terminou como o segundo melhor time do torneio, atrás apenas do Fluminense. Nas oitavas, pegou o Emelec, zero a zero no primeiro jogo, mas 3 a 0 no Pacaembu. Nas quartas, o duelo que viria a ser o mais difícil do ano, contra o Vasco. Depois do 0 a 0 em São Januário, o jogo no Pacaembu foi sofrido, com direito ao lance mais impressionante do ano: Diego Souza pega a bola no meio de campo e corre em direção ao gol, sem ninguém por perto. Cara a cara com Cássio, o vascaíno chutou e o paredão corintiano deu uma triscada na bola e ela foi para fora. No fim do jogo, Paulinho fez o gol da vitória alvinegra.
Na semi-final, o Santos de Neymar não foi páreo para o unido grupo de Tite, com 2 a 1 no resultado dos dois jogos o Corinthians foi à final da Libertadores pela primeira vez. O adversário? O multicampeão Boca Juniors, com La Bombonera como palco para o primeiro jogo. O placar era de 1 a 0, até que Romarinho garantiu o empate. Embora ele não seja filho do Romário, como a imprensa argentina afirmou, Romarinho também aprontou pra cima dos argentinos. No Pacaembu a vitória por 2 a 0 garantiu o título da Libertadores para o Corinthians, além da vaga para o Mundial de Clubes, no Japão.
No Brasileirão, Tite alternava muito os jogadores, para dar chances a todos, até mesmo o chinês Zhizhao teve uma chance. Mesmo não jogando com todas as forças, o Corinthians terminou em sexto lugar o campeonato nacional. O campeonato que importava no segundo semestre era o Mundial de Clubes.
No Japão, a presença de 20 mil torcedores do Timão ajudou nas vitórias. Foram apenas dois gols no campeonato, ambos de Paolo Guerrero. Os dois gols que valeram o Mundo, um contra o Al-Ahli (Egito) e o inglês Chelsea, na final. O Corinthians termina o ano no topo do Mundo.
O que melhorar para 2013?
O elenco é forte, mas a movimentação da diretoria para trazer reforços é grande. Isto deixará o Corinthians mais forte e mais competitivo para disputar o bi da Libertadores. Um zagueiro chegando seria bom.
"A gente tem que entrar para ganhar tudo em 2013, dar o melhor de nós. No começo é difícil, no Paulistão, mas nosso elenco é maduro. Alguns vão voltar antes, mas a partir da quarta ou quinta rodada voltam os titulares também, pelo que estamos sabendo. O calendário terá mais competições em 2013, a gente está sujeito a isso e tem que se preocupar só em jogar" (Ralf, volante do Corinthians)
Destaque do ano
Tite
É incrível como o time do Corinthians tem a cara do técnico. Ninguém se destaca mais do que Tite. Mesmo com Cássio aparecendo em momentos importantes, assim como Romarinho e Emerson, nada foi tão destaque quanto o trabalho de Adenor Leonardo Bacchi. Mais um ano que Tite é o principal nome corintiano.
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