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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Resumo de 2012 - Palmeiras

Do céu ao inferno em 130 dias

 A permanência de Felipão para 2012 foi uma boa notícia. Só que os "camarões" que ele pediu para esse ano não vieram. Aliás, chegou uma baleia. Daniel Carvalho, muito acima do peso, chegou através de uma troca com o Atlético-MG. O Palmeiras saiu na pior, cedeu Pierre pelo meia gorducho. A única contratação bem sucedida do ano foi a de Hernán Barcos. O time não estava preparado para disputar um campeonato forte, muito menos dois campeonatos simultaneamente.

 Foi assim, com poucas expectativas, devido ao pouco que se mudou de 2011 para 2012, que o ano Alviverde começou. O quinto lugar na primeira fase do Paulistão reforçava o sentimento. A competição estadual acabou nas quartas-de-final para o Palmeiras, sendo eliminado pelo Guarani. Só que o semestre ainda não havia acabado para o clube. Na Copa do Brasil, o time ia bem, graças à experiência de Felipão nos mata-matas. Experiência que garantiu vitórias como os 2 a 0 contra o Grêmio, na semi-final, e os 2 a 0 contra o Coritba, na final, quando o clube paulista sofria pressão o jogo todo, sem sofrer gols, até conseguir gols "milagrosos" que garantiam as vitórias. O título da Copa do Brasil veio. Depois de 12 anos, o Palmeiras voltava a conquistar um torneio nacional.

 Entretanto, a conquista da Copa do Brasil maquiou o péssimo elenco que o Alviverde possuía. O Brasileirão fez a diretoria, a torcida e todos acordarem para relembrar o quão fraco é o time palmeirense. De forma melancólica, ficando 32 das 38 rodadas na zona de rebaixamento. Os problemas no Palmeiras não acabavam dentro de campo, fora dele também havia um clima bem complicado para jogadores e comissão técnica trabalharem. Assim, Felipão caiu. Assumiu Gilson Kleina. Porém, nada que ele tentasse para evitar o rebaixamento surtia efeito no time já desnorteado há um bom tempo. Passaram-se 130 dias após a conquista da Copa do Brasil, e a alegria do torcedor já se exauria. Em Volta Redonda, o gol do ex-herói Vágner Love derrubava o Palmeiras para a segunda divisão, após 10 anos desde a primeira queda de divisão Alviverde. Na qual Love fora um dos principais responsável pela volta à série A. 

 A queda do Palmeiras mostrou não só a fraqueza do elenco, como também a fraqueza dos dirigentes e de suas máfias, brigando no conselho deliberativo, além de barrarem um processo por votos diretos na eleição presidencial do clube.

 O que melhorar para 2012? 

 Infelizmente, as eleições no Palmeiras só acontecerão no final de janeiro. Além disso, o anedótico presidente, Arnaldo Tirone, não poderá gastar nem um centavo até a data das eleições. Logo, se o palmeirense espera grandes nomes chegando ao clube, terá que esperar, ou até mesmo não ver isso acontecer. A manutenção de Barcos e Marcos Assunção é importante. Vender Valdivia é uma boa chance de se obter dinheiro para reforços. Além de aproveitar o retorno de Souza, que se destacou no Náutico, voltando de empréstimo. O futuro do clube é cinzento, mas a esperança é verde.

"A gente está indo para um mercado onde todos estão. Os preços inflacionam, são jogadores de qualidade, que têm contato longo. Também são bem remunerados. O Palmeiras tem feito os compromissos que pode cumprir. Esse é um dos desafios. A gente é até criticado por isso. Mas estamos dando passos seguros. Não é que não tem dinheiro. Mas não dá para fazer loucura" (César Sampaio, diretor de futebol do Palmeiras)

Destaque do ano
                            Hernán Barcos
 É difícil se destacar em nível nacional em um clube passando por má fase. Barcos conseguiu esse feito. Prometeu 27 gols na temporada, acabou fazendo 28. Decidiu muitos jogos e, junto com Marcos Assunção, se tornou líder do elenco, ainda órfão do goleiro - e santo - Marcos. O atacante foi tão bem que conseguiu ser convocado para a seleção argentina, jogando com Messi, Mascherano, Agüero e os outros principais jogadores. É devido às chances que surgiram na seleção de seu país que Barcos está em um impasse para renovar contrato com o clube paulista. Disputar a série B poderá afastá-lo das convocações. Entretanto, disputar a Libertadores seria muito bom para ele. Não é arriscado dizer que a decisão de Barcos definirá seu futuro no Palmeiras, além do futuro do próprio time.



  

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