O Retorno do Gigante da Colina
Quem acompanhou o início do ano do Vasco se surpreendeu com final. De o pior início da história, à campeão da Copa do Brasil, vice-campeão brasileiro e semi-finalista da Copa Sul-Americana.
O time veio para 2011 com Felipe e Carlos Alberto para serem os líderes do grupo, sob o comando de P.C. Gusmão. Não deu muito certo: Resende, Nova Iguaçu e Boa Vista derrotaram o clube cruz-maltino, foi o máximo que o presidente, Roberto Dinamite, pôde aguentar. Após a derrota para o Boa Vista, ele foi ao vestiário, cobrar dos jogadores. Felipe e Carlos Alberto não gostaram e responderam às cobranças, foram afastados do time. Carlos Alberto foi emprestado, já Felipe ganhou uma segunda chance com o novo treinador, Ricardo Gomes. Além de Ricardo, alguns jogadores que não encontravam o bom futebol nas outras equipes chegaram, Diego Souza, Alecsandro, Bernardo e Élton, esse de volta de empréstimo. Com essas mudanças, o Vasco entrou nos trilhos, sendo chamado de "Trem-bala da Colina".
O primeiro turno do Campeonato Carioca, a Taça Guanabara, não deu para recuperar. Porém, já no segundo turno, na Taça Rio, o clube chegou à final, perdendo nas penalidades máximas, para o Flamengo.
Para mostrar que havia dado a volta por cima, o Vasco foca na Copa do Brasil. Passando por Comercial-ES, ABC-RN, Náutico-PE, Atlético Paranaense, Avaí, chegando à grande final, contra outra sensação do torneio: o Coritiba. Depois de vencer por 1 a 0 no Rio, o clube cujo nome é de um navegante português precisava de um empate, ou até mesmo perder por um gol de diferença, menos sendo sem marcar gols. O Vasco perdeu por 3 a 2, ficando, assim, com o título da Copa do Brasil de 2011.
Com vaga garantida na Libertadores de 2012, muitos já pensavam que o Gigante da Colina ficaria de fora da briga por título, como acontecia nos últimos anos. Mas o clube não quis saber dessa "sina" e mostrou a todos que dá para ser campeão da Copa do Brasil e brigar pelo Brasileirão. A equipe ficou mais forte quando o treinador Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular encefálico, durante o jogo contra o Flamengo, assumiu a partir daí o assistente Cristóvão Borges.
Simultâneamente o Brasileiro, o Vasco também disputou a Copa Sul-Americana, onde também fez um grande papel, perdendo para a "La U", nas semi-finais apenas.
No Nacional, a briga ficou entre ele e o Corinthians. Nas últimas rodadas, um empate contra o Palmeiras acabou dando dois pontos de diferença para o alvinegro paulista. Essa diferença acabou impedindo o clube do Rio de conquistar o campeonato Brasileiro em 2011. Mas que, sem dúvida, mostrou o quão forte foi o time do Vasco na busca de títulos esse ano. Embora tenha sido apenas um, foi muito mais além do que um título.
O que melhorar em 2012?
O trabalho de manter os seus jogadores para o ano que vem deve ser maior do que o de reforçar a equipe. Porém, a lateral-esquerda está precisando de um bom jogador, e ainda falta um zagueiro para dividir a responsabilidade com Dedé. Um atacante também seria benvindo, já que Élton deixou a equipe.
"Será um natal de muito trabalho para mim. Tive muitas felicidades em 2011, peguei o gostinho do título da Copa do Brasil e quero mais em 2012. Para isso temos que trabalhar muito, preparar e dar condições para que o Vasco possa ser forte no ano que vem" (Roberto Dinamite)
Destaque do ano
Dedé
O principal nome do time esse ano não foi Felipe, Diego Souza, nem mesmo Juninho Pernambucano, não tanto quanto Dedé. Eleito o melhor zagueiro do Brasileirão, demonstrou segurança para os companheiros e para a torcida. Além de ser um grande zagueiro, também fez um número bom de gols, foi um dos artilheiros do Vasco no ano. Suas boas apresentações o levaram para a Seleção Brasileira. Foi reserva na principal e disputou como titular o Superclássico da Américas, contra a Argentina. Essas coisa fazem de Dedé uma peça muito importante no clube vascaíno, e uma das promessas para um futuro, não muito distante, da Seleção brasileira.