Do inferno...ao céu
O time estava pronto para iniciar a disputa da pré-Libertadores, tinha que fazer o "ensaio final", no Pacaembu, contra o Noroeste, pelo Campeonato Paulista. Muito se esperou, porém o 1 a 1 contra a equipe bauruense foi um balde de água fria para os alvinegros. Contra o Deportes Tolima, da Colômbia, um empate sem gols no Pacaembu, e o histórico 2 a 0 para os colombianos em Ibagué. Logo após, a despedida de Ronaldo dos gramados acabou por deixar uma dúvida sobre como seria o ano do clube, Roberto Carlos pediu para sair, e a torcida fazendo manifestações, até mesmo violentas.
Para recompor o ataque, chegou o luso-brasileiro Liédson e o fora de forma Adriano. No Paulistão, chegou a final contra o Santos, perdendo por 2 a 1 na Vila Belmiro, após um 0 a 0 no Pacaembu. Pelo menos, a torcida ficou feliz pelo início da construção do estádio corintiano, que será o palco da abertura da Copa 2014, se tudo der certo.
Restou para o Corinthians apenas o Brasileirão. Logo no início, já foi mostrando que poderiam dar a volta por cima, ficou invicto nos nove primeiros jogos, inclusive com uma goleada por 5 a 0 sobre o rival São Paulo. Porém, no meio do campeonato, o time teve uma queda no ritmo, contou com a sorte de, quando não vencia, os outros candidatos ao título também não venciam, sem contar aqueles jogos em que o time jogava mal, mas de uma hora para outra conseguia um gol salvador. Foi com essa sorte de campeão que o Corinthians ganhou a quinta estrela do Campeonato Brasileiro, mesmo perdendo uma outra estrela. Bem no dia do título, o Doutor Sócrates, "invendável e imprestável" como o lendário Vicente Matheus uma vez disse, quando questionado sobre a saída do "Magrão" do clube, nos anos 80, deixou o mundo.
Em 2012, o alvinegro de Parque São Jorge vai atrás, mais uma vez, da Copa Libertadores, se tiver a sorte que teve, além da competência que possui, pode sonhar com a América.
O que melhorar em 2012?
Para a Libertadores, será preciso reforçar o banco de reservas, alguma pecinha faltando para completar o elenco, mas é um grupo forte, o mais importante é a permanência dos jogadores.
"O torcedor está mais consciente. A Libertadores não vai ser a loucura que foi nas últimas edições. O torcedor aprendeu que o clube precisa disputar vários anos para conseguir conquistar. Mesmo se a conquista não vier ano que vem, vamos sair aplaudidos do jogo que perdemos, se assim acontecer. Só não pode ser a catástrofe que foi contra o Tolima. Se houve uma pressão maior, temos de entender porque o futebol é paixão e ela extrapola alguns sentimentos. Mas o Corinthians vai entrar fortíssimo." (Andrés Sanches)
Destaque do ano
Tite
Nem o mais otimista esperava que, depois da derrota para o Tolima, o treinador Tite ficasse ainda no comando do time, ou que durante o período ruim no Brasileirão ele não caísse. Pois é, o presidente Andrés Sanches manteve a confiança no trabalho do gaúcho, que se equilibrou na corda bamba entre a torcida e a imprensa. Toda a sua treinabilidade fez-se criar o estilo Tite de falar - e muito - sobre o futebol e as coisas da vida.
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