Em meio aos desastres ocorridos nas Filipinas devido ao tufão Haiyan, os filipinos encontraram em seu irmão mais famoso um motivo para sorrir. Após duas derrotas seguidas, Manny Pacquiao derrotou o norte-americano Brandon Rios na madrugada do dia 24, em Macau. O boxeador de 33 anos estava na fase final de preparação para a luta quando ocorreu o tufão Haiyan. Muito identificado com seu povo, Pacquiao dedicou sua vitória aos filipinos.
"Minha vitória é um símbolo para a reação do meu povo de uma desastre natural e uma tragédia nacional. Minha jornada vai prosseguir. Eu tinha dito que iria crescer novamente e foi isso que aconteceu." Manny Pacquiao
O uso do esporte para mostrar algo a mais do que o próprio esporte já foi usado de maneira ruim algumas vezes, como a tentativa de mostrar a "supremacia" ariana por Hitler nas Olimpíadas de 1936, na disputa quase bélica entre soviéticos e americanos nas principais competições mundiais, ou no uso da Seleção Brasileira como veículo de propagação do "sucesso" do governo militar brasileiro. Entretanto, quando o esporte é usado para reerguer um país, mesmo sendo um esporte individual como o boxe, é sempre muito bonito de ver. Aqueles que viram Ayrton Senna erguer o espírito nacional, órfão de títulos no futebol e sofrendo com a inflação, ou a união de um país pós-Apartheid para o sucesso de sua seleção de rugby na Copa do Mundo, sabem muito bem o que a vitória de Manny Pacquiao representou para as Filipinas.
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