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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mais que uma vitória

 Em meio aos desastres ocorridos nas Filipinas devido  ao tufão Haiyan, os filipinos encontraram em seu irmão mais famoso um motivo para sorrir. Após duas derrotas seguidas, Manny Pacquiao derrotou o norte-americano Brandon Rios na madrugada do dia 24, em Macau. O boxeador de 33 anos estava na fase final de preparação para a luta quando ocorreu o tufão Haiyan. Muito identificado com seu povo, Pacquiao dedicou sua vitória aos filipinos.

"Minha vitória é um símbolo para a reação do meu povo de uma desastre natural e uma tragédia nacional. Minha jornada vai prosseguir. Eu tinha dito que iria crescer novamente e foi isso que aconteceu."  Manny Pacquiao  
                           

  O uso do esporte para mostrar algo a mais do que o próprio esporte já foi usado de maneira ruim algumas vezes, como a tentativa de mostrar a "supremacia" ariana por Hitler nas Olimpíadas de 1936, na disputa quase bélica entre soviéticos e americanos nas principais competições mundiais, ou no uso da Seleção Brasileira como veículo de propagação do "sucesso" do governo militar brasileiro. Entretanto, quando o esporte é usado para reerguer um país, mesmo sendo um esporte individual como o boxe, é sempre muito bonito de ver. Aqueles que viram Ayrton Senna erguer o espírito nacional, órfão de títulos no futebol e sofrendo com a inflação, ou a união de um país pós-Apartheid para o sucesso de sua seleção de rugby na Copa do Mundo, sabem muito bem o que a vitória de Manny Pacquiao representou para as Filipinas.    
  

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