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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - Flamengo

 Improvável campeão

 O ano do Flamengo não era bom, o fraco Campeonato Carioca, o quase rebaixamento no Brasileirão mostrou a triste temporada que o torcedor rubro-negro passava. Até conquistar a Copa do Brasil, com um time desacreditado, que embalou e deu alegria pra torcida do mais querido do Brasil.


Nem Dorival, nem Jorginho conseguiram sucesso no
Campeonato Carioca
 O Flamengo começou 2013 na disputa da Taça Guanabara. O primeiro turno do estadual do Rio foi inicialmente promissor, com o Fla passando para a semifinal em 1º de seu grupo. Porém, parou no Botafogo e ficou de fora até da final. Dorival Júnior foi demitido, mas Jorginho, seu substituto no comando do time da Gávea, não conseguiu fazer o Mengo se classificar nem pra semifinal na Taça Rio. 

 Logo no início do Brasileirão o treinador Jorginho foi demitido, assumiu interinamente Jayme de Almeida no período anterior à Copa das Confederações. Enquanto o Brasileirão estava em recesso, Mano Meneses chegou para implementar sua visão de jogo no elenco rubro-negro. Teve um tempo razoável para conhecer e ver do que o time precisava. 

 Com Mano no comando, o Mengão disputou a fase final da Copa do Brasil, após ter batido Remo, Campinense e ASA. O adversário nas oitavas era o Cruzeiro, que já dominava o Brasileirão. O gol salvador de Carlos Eduardo no Mineirão nos 2 a 1 para a Raposa deu esperanças na classificação do Flamengo. No Maracanã lotado, o Time da Massa venceu por 1 a 0 e eliminou o futuro campeão brasileiro.

 Entretanto, antes do confronto contra o Botafogo nas quartas-de-final, o clube viu seu treinador pedir demissão, após a derrota por 4 a 0 para o Atlético Paranaense em pleno Maracanã. Isso deixou o elenco abalado, passando por uma certa "crise existencial". Quando Jayme de Almeida voltou a assumir interinamente, ele valorizou os jogadores e deu ânimo para a equipe. Isso pôde ser visto no duelo contra o Botafogo na Copa do Brasil. No 1º jogo, foi 1 a 1, mas no 2º o Fogão não viu a cor da bola, e o Flamengo fez 4 a 0, algo difícil de acreditar quando Mano deixou a equipe. Jayme efetivado no cargo.

 Contra o Goiás, foi mais um jogo duro. Mesmo sem Walter, o esmeraldino forçou o Fla a jogar o melhor que podia, mas não conseguiu derrotar o Rubro-Negro nem em Goiânia, nem no Rio. Afinal, a final. O empate no Paraná contra o Atlético-PR (o mesmo que deixou o Mengo sem técnico e sem perspectivas no parágrafo anterior) deixou o mais querido do Brasil a uma vitória, no Maracanã, do título. Vitória que veio e título conquistado.

 Dias antes do ápice da temporada do Flamengo, eles ainda "garantiram" a permanência do clube na série A (as aspas são um oferecimento do STJD). Com a perda de pontos por escalação irregular de jogador, o Rubro-Negro terminou em 16º, um ponto a mais que  Portuguesa e Vasco, mas ainda fora da zona de rebaixamento.

O que melhorar para 2014?
 O clube voltará a disputar a Libertadores, o que aumenta a necessidade de reforços. A permanência de Elias seria uma grande conquista, mas não deveria ser prioridade, uma vez que outras posições precisam de novos nomes, como a armação. Elias acumulou funções no meio, uma delas foi a armação, que precisa de um cara especializado nisso. Um zagueiro para a reserva, um lateral-direito pra reserva de Léo Moura e um lateral-esquerdo pra disputar com João Paulo também poderiam cair bem para o Mengão.

Destaque do ano  
                                                                  Hernane
 Não tem como não ser o Brocador destaque do ano. Chegou como uma contratação mediana vinda do Mogi Mirim, por isso teve que trabalhar muito pra provar que merecia ser o centroavante do Rubro-Negro. Mesmo após ter conquistado a artilharia do Campeonato Carioca, perdeu a posição para o recém-contratado Marcelo Moreno no Brasileirão. Retomou novamente a posição quando Jayme de Almeida assumiu o comando e foi importante no segundo semestre também. Pra quem sonhava em jogar no Maracanã e ter seu nome gritado pela torcida do Flamengo, Hernane foi além e é artilheiro do novo Maracanã e um dos grandes ídolos atuais da Massa Rubro-Negra.   

domingo, 29 de dezembro de 2013

Duro golpe

 Era pra ser a luta do ano, estava sendo. Depois de um primeiro round dominado por Chris Weidman, esperava-se um Anderson Silva agressivo na sequência, mas não deu tempo. Nem Chris Weidman esperava manter seu cinturão em uma fatalidade, um golpe que acontece dezenas de vezes por noite de UFC, o popular "lance bobo", que acabou com as chances de recuperação de cinturão e deixou por um fio a carreira do maior lutador da história do UFC. 

 Não tem muito pra dizer, só lamentar. Força, Spider, porque essa batalha de por volta de 6 meses para a recuperação de sua tíbia e fíbula será a mais difícil de sua carreira disparada. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - Botafogo

Mais do que poderia
 Por mais que o Botafogo tenha Seedorf e Jefferson, dois dos grandes nomes do futebol brasileiro atual, o elenco alvinegro não era tão completo. Isso não impediu que o ano do clube de General Severiano fosse ruim, como o de alguns de seus rivais. Um título conquistado, uma boa participação na Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores*, mesmo com a saída de jogadores importantes. 

 O Campeonato Carioca foi mágico para o Fogão. Venceu a Taça Guanabara, após terminar em 2° no grupo A, derrotar o Flamengo na semifinal e o Vasco na final. De forma arrasadora, também conquistaram o segundo turno, a Taça Rio, após liderar seu grupo e golear o Resende na semifinal e bater o Fluminense na final. Campeão inquestionável, com direito à choro de Seedorf após a conquista do título estadual.


 Nas primeiras fases da Copa do Brasil, Seedorf foi atração em Gama-DF, contra o Sobradinho e em Maceió-AL, contra o CRB. Vitória contra as duas equipes no jogo da volta. Na 3ª fase, contra o Figueirense, o buraco foi mais embaixo. Com 1 a 0 em Volta Redonda pro Bota e 1 a 0 pro Figueira em Florianópolis, o Fogão teve que derrotar nas penalidades o alvinegro catarinense.


 Enquanto corria a Copa do Brasil, o Brasileirão começou com o Glorioso bastante promissor. Seedorf era o líder de uma equipe com o jovem Vitinho mostrando muita qualidade e Rafael Marques, outrora criticado, jogando em sua posição de origem e marcando gols. Até que o russo CSKA acertou a contratação de Vitinho. Sua importância foi percebida quando o Botafogo viu-se com problemas. Andrezinho, jogador de posição semelhante à do Vitinho, também saíra, o que fez com que Oswaldo de Oliveira fosse atrás de alguém na categoria de base. Hyuri e Gegê até tentaram substituir Vitinho, mas não conseguiram manter a qualidade do futebol durante todo o campeonato. Os problemas para achar um novo companheiro para Seedorf e um centroavante transformaram a expectativa de vencer o Campeonato Brasileiro em algo impossível, ainda mais com o Cruzeiro "voando".

uma das 4 bolas na rede do Botafogo contra o Flamengo
 Na fase final da Copa do Brasil, o time da Estrela Solitária não teve vida fácil. Os 4 a 2 contra o Atlético Mineiro no Maracanã pareceu pouco para passar de fase no Independência, com uma pressão no estilo da feita na Libertadores pelos atleticanos. Porém, o time botafoguense não sentiu, empatou por 2 a 2 e foi para as quartas, contra o Flamengo. Aí o alvinegro percebeu que a fase de seu rival era melhor, principalmente no segundo jogo. O 1 a 1 no 1° jogo não quis dizer nada, o ruim foram os 4 a 0 no jogo da volta. 

 Restou para o Fogão a vaga para a pré-Libertadores, após terminar em 4° o Brasileirão. Não foi um ano fantástico, mas foi mais do que o elenco botafoguense poderia ter feito. 


   O que melhorar para 2014?

 Sem Oswaldo de Oliveira no comando, a diretoria tem que acelerar seu planejamento. A aposta é no treinador Eduardo Hungaro, que tem a vaga na Libertadores como um atrativo para contratar jogadores, e o Fogão precisa. Lateral-direito (caso Lucas Marques fique mais tempo machucado), um zagueiro, um meia (para auxiliar Seedorf e Lodeiro) e um centroavante (maior problema da equipe há algum tempo) tem de ser os principais alvos da diretoria.

 Destaque do ano
                                        Seedorf
 Mais um ano em que o holandês liderou o alvinegro do Rio. Chorou como um garoto quando conquistou o título carioca e quando garantiu o 4° lugar da equipe e a vaga na Libertadores. Sabe que o fim de sua carreira está próximo, por isso pretende viver intensamente seus últimos momentos como jogador, símbolo e ídolo de seus companheiros e da torcida botafoguense. 


     

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Brasileirão - 40ª rodada

 A Portuguesa sabia que o STJD não iria voltar atrás. É difícil fazer com que o cara que pune reconheça os erros que tinham tanto nos artigos e parágrafos das regras do campeonato quanto na relação STJD e CBF, que não ajuda a ter uma competição decidida nos gramados, mas sim no tapetão.

 A mania do STJD de punir jogadores já punidos pelo árbitro, caso do meia Héverton, vem acontecendo faz tempo, é criticado faz tempo. Somado a isso, a falta de trabalho em conjunto do STJD com a CBF sempre mostrou falhas graves que poderiam ocorrer problemas, como o que aconteceu nesse Brasileirão. A bolha estourou e sobrou pra Portuguesa.

 A 40ª rodada manteve a Lusa rebaixada e o Fluminense na série A. Mesmo ganhando 1 ponto em seu jogo, a Portuguesa perdeu 4. Isso pode até ser um problema na punição e não no julgamento, mas a frieza do STJD chega a ser cômica. A desproporcionalidade da punição em relação ao erro é gigantesca. O relator do julgamento levou seu voto escrito sem mesmo ter ouvido os advogados.

 Enfim, mais algumas rodadas irão ocorrer. A justiça comum deve entrar no meio, assim como a FIFA ou o Tribunal Arbitral do Esporte.


   

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - Santos

Fora dos holofotes


 Se em 2012 as principais alegrias da torcida santista foram a conquista do Paulistão e a permanência de Neymar, o que se pode dizer de 2013? A única conquista do Santos foi a Copa São Paulo de juniores, mas nada na equipe principal. Ainda teve a saída de Neymar e o fatídico jogo contra o Barcelona. 

Neymar chora em seu último jogo pelo Santos
 A intensão do Santos no início do ano foi de montar uma equipe forte, com Neymar tendo parceiros com mais qualidade. Para isso, Montillo e Marcos Assunção foram contratados. O Paulistão foi levado à sério pelo alvinegro praiano, já que não disputou a Libertadores 2013 e a Copa do Brasil começou mais tarde. Assim, o 3° lugar na primeira fase assegurou que a equipe jogasse em casa nas quartas-de-final. Na Vila Belmiro, o Santos derrotou o Palmeiras nos pênaltis. Na semifinal, o adversário foi o surpreendente Mogi Mirim, segundo colocado na fase inicial. Mais uma vitória nos pênaltis e vaga para a final, disputada contra o Corinthians. Dessa vez, não deu para o time de Neymar e Muricy Ramalho. 

 Pela Copa do Brasil, a equipe santista passou pelo Flamengo-PI, Joinville e o goiano CRAC. Nas oitavas-de-final, o Grêmio derrotou o Santos, já sem Neymar e depois do jogo contra o Barcelona. Ah! O jogo contra o Barcelona...


 Órfãos de Neymar, já sem Muricy Ramalho, Felipe Anderson e Rafael Cabral, o Santos foi ao Camp Nou jogar contra o Barça na estréia de Neymar. Messi, Léo (contra), Alexis Sánchez, Pedro, Fábregas (2), Adriano e Jean Dongou fizeram os 8 gols do clube catalão enquanto o alvinegro passou em branco. O choque de realidade foi grande, e o Santos sentiu resquícios dessa derrota o resto do ano.



 No Brasileirão, o Santos cumpriu tabela. Montillo e companhia oscilaram demais, mas deu para terminar em 8°, paulista melhor colocado na competição. Mesmo assim, o alvinegro da Vila Belmiro esteve fora dos holofotes do futebol paulista e nacional em 2013.

 O que melhorar para 2014?   

 Não dá para manter a base da equipe para o ano que vem. Se o Santos tem pretensões de títulos, vai ter que trazer pelo menos um jogador pra cada posição. Porém, a prioridade é no reforço da lateral-direita, no meio (volantes, especialmente) e um atacante "matador".

 Destaque individual
                                                            Cícero
                             
 Chegou na equipe santista no início do ano, após ser pouco usado no São Paulo. Mesmo começando no banco, conseguiu ganhar a confiança de Muricy Ramalho e barrou Montillo, mais cara contratação da história do clube, em alguns jogos já no Campeonato Paulista. Com a saída de Neymar e de Felipe Anderson, Cícero virou o principal jogador do alvinegro e se tornou homem de confiança de Claudinei Oliveira, além de artilheiro do time no Brasileirão jogando no meio-campo.   

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - Palmeiras

 Reconstrução
 O ano do clube teve como prioridade o retorno à série A. Paulo Nobre foi eleito presidente e prometeu um planejamento "pés no chão". Foi bem isso o que aconteceu durante o ano. O experiente José Carlos Brunoro chegou para ser diretor executivo e montar uma equipe que garantisse o retorno do alviverde para a divisão principal da competição nacional.

 O primeiro passo dos novos comandantes foi controverso. Hernán Barcos, um dos poucos jogadores que a torcida acreditava, acabou vendido para o Grêmio. Nas contratações, nomes medianos chegaram, Fernando Prass foi o principal jogador que chegou. Dessa forma, o Palmeiras começou o Paulistão. A primeira fase terminou com o clube em 6°, mas isso foi o de menos. A derrota por  6 a 2 para o Mirassol (equipe rebaixada no campeonato) foi vexatória, por pouco a trajetória de Gilson Kleina no Palestra não acabou após o duríssimo revés, mas ele foi mantido por Nobre.
Falha de Bruno contra o Tijuana

 O Verdão caiu nas oitavas da competição estadual nos pênaltis para o Santos. Na mesma fase caiu na Libertadores, para o Tijuana em pleno Pacaembu, num jogo marcado pela arbitragem, que deixou o "pau cantar", e pela falha do goleiro Bruno. Com a saída da Libertadores, o Palmeiras focou a série B.



 Na competição mais importante do ano, os comandados de Kleina não deram chances para as surpresas. Garantiu o acesso há 4 rodadas do fim e o título com duas. Durante a disputa da 2ª divisão, houve a participação na Copa do Brasil. Entretanto, o campeão de 2012 não passou das oitavas, mesma fase que entrou. Perdeu para o Atlético Paranaense, num jogo que mostrou o quanto a equipe verde e branca estava abaixo dos times que disputaram a 1ª divisão. Foi a partir daí que Paulo Nobre e Brunoro começaram a pensar no elenco para 2014. 


 A presença de Gilson Kleina para o ano do centenário do clube foi difícil de ser confirmada. Marcelo "El Loco" Bielsa chegou a ser sondado para comandar o Verdão, mas uma equipe com o planejamento "com os pés no chão" não tinha como aceitar as condições do treinador argentino. Pressionados pela imprensa e torcida, Nobre e Brunoro decidiram renovar o contrato de Kleina para o ano do jubileu de ouro da Sociedade Esportiva Palmeiras.



O que melhorar para 2014?

 É fato que o elenco palmeirense é limitado. Quando jogou com reservas na série B a equipe sofreu. Boa parte do time titular não pode permanecer titular, as contratações devem ser bem estudadas, pois o Palmeiras não tem margem pra erro, Nobre sabe disso. Precisa-se de um zagueiro bom pra jogar ao lado de Henrique (se esse não sair), assim como mais um meia para dividir a responsabilidade com Valdívia (além de ajudar Kleina em possíveis lesões do Mago), lateral-direito (já que Luis Felipe sairá) e um atacante para jogar ao lado de Alan Kardec.    

 Destaque do ano
                              Valdívia
 Ele pode até não ter jogado todos os jogos, ou grande parte deles, mas quando jogou, foi muito bom. Deu a qualidade na armação que o time precisava. Devido ao bom futebol que apresentou no Verdão, voltou à seleção chilena e é o principal nome para representar o Palmeiras na Copa do Mundo. O Mago voltou, e a torcida espera que ele faça ainda mais em 2014. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - Corinthians

 Maré baixa

 Após um 2012 mágico, o torcedor corintiano viu seu time conquistar mais títulos, porém não do nível de uma Libertadores ou de Mundial de Clubes. A equipe não jogou como nas conquistas da América e do Mundo, o que fez com que muitos dissessem que foi um ano ruim para o Corinthians. Foi um ano de maré baixa, e essa maré baixa causará grandes mudanças para o alvinegro em 2014.


 No início do ano, a contratação bombástica de Alexandre Pato por R$43 milhões empolgou a mídia e muitos torcedores. O Paulistão serviu de pré-temporada para o time, que voltou das férias já com o campeonato rolando. A 5ª posição na primeira fase levou-os para um confronto contra a Ponte Preta nas quartas de final, em Campinas. Sem problemas, o campeão mundial fez 4 a 0. Na fase seguinte, derrotou o São Paulo no Morumbi nos pênaltis. A final foi disputada contra o Santos, em um dos últimos atos de Neymar na equipe praiana. Os 2 a 1 no primeiro jogo permitiu que o Corinthians fosse campeão com um empate no jogo de volta, o que foi fácil para o Corinthians, se é que me entende. Na Vila Belmiro, foi 1 a 1, e o ano começou promissor para o Timão.



 Durante o Paulista, houve a disputa da fase de grupos da Libertadores, que mais uma vez era o alvo principal da equipe no primeiro semestre. Se classificou com folga para o mata-matas. Durante a fase de grupos, ocorreu o primeiro problema (de muitos) com as organizadas, quando um sinalizador soltado pela torcida acertou e matou Kevin Spada no jogo contra o Santa Fé na Bolívia.



 Na fase de mata-matas da Libertadores, o Corinthians se encontrou novamente com o Boca, clube que foi derrotado pelo alvinegro na final de 2012. O resultado final, porém, foi diferente. Na Bombonera, o Boca fez 1 a 0, no Pacaembu, um empate por 1 a 1, muito contestado pela torcida, devido à péssima arbitragem do paraguaio Carlos Amarilla. Assim terminava a participação do campeão de 2012 na edição de 2013.



 Terminada a participação na Libertadores, veio o maior baque do ano: a saída de Paulinho para o Tottenham, da Inglaterra. O Corinthians perdeu o motor da equipe, o elemento surpresa do ataque. A Recopa Sul-Americana fora disputada já sem o volante, mesmo assim a equipe do Parque São Jorge derrotou o São Paulo e ficou com o segundo título no ano. Entretanto, nada curou a dor da perda de Paulinho.



 No novo formato da Copa do Brasil, ele entrou nas oitavas-de-final, enfrentou o Luverdense, do Mato Grosso, e passou com dificuldades. Nas quartas-de-final, contra o Grêmio, dois empates em 0 a 0 (mais dois pra conta) e vaga disputada nos pênaltis. Foi aí que a contratação bombástica de R$43 milhões deixou sua marca... negativa. Pato bateu seu pênalti como se estivesse um garoto de 3 anos no gol. Dida agradeceu. O Grêmio agradeceu. Os corintianos pediram a cabeça do Pato.



 No Brasileirão, o alvinegro ficou no 0 a 0. Aliás, não só no 0 a 0, mas também no 1 a 1. Foram 17 empates, sendo 10 em 0 a 0 e mais 7 em 1 a 1, o que deixou o Corinthians na mesma distância do rebaixamento e da zona de Libertadores, 10ª posição, ambos inalcançáveis. O fraco desempenho no campeonato nacional comprometeu a renovação de contrato do técnico Tite, que não comandará a equipe no ano que vem. O elenco será renovado, e o elenco campeão mundial será desfeito.



 O que melhorar para 2013? 

 A diretoria anunciou uma reformulação no elenco, que se iniciou com a saída de Tite e a chegada de Mano Menezes. Quem eles trarão para reforçar a equipe não se sabe, mas é fato que o time precisa de dois laterais, um pra cada lado, mais um zagueiro pra ser titular, pelo menos mais um homem de armação e um atacante matador.

Destaque do Ano 
                                                                           Gil
                                   
 Chegou com bem menos pompa que o Pato no início do ano, mas entrou para o coração da Fiel, algo que o atacante não conseguiu. Substituiu Chicão em alguns jogos no Paulista e não saiu mais. Se o ataque foi muito fraco em 2013, a defesa foi bem forte, muito por causa dele. Os 17 empates no brasileirão poderiam muito bem serem derrotas, caso os defensores, em especial o Gil, estivessem no mesmo nível dos atacantes.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Resumo de 2013 - São Paulo

Poderia ter sido pior


 A sensação de que seria um ano de conquistas para o São Paulo surgiu logo após a conquista da Sul-americana do ano passado. Porém, a saída de Lucas foi sentida pela equipe, que não teve um jogador que pegou a responsabilidade deixada pelo agora meia do PSG. Jádson, Luis Fabiano e Ganso deixaram muito a desejar. Fora isso, as contratações não deram certo, e quase que o ano do tricolor foi pior, mas aí chegou Muricy Ramalho...



 Começando pela era Ney Franco. Após a Sul-americana a moral do técnico cresceu. A chegada de Lúcio para a zaga foi comemorada pela diretoria, assim como também a 1ª posição na fase inicial do Paulistão, que garantiu que os jogos da fase de mata-matas acontecessem com mando de campo do tricolor. Do Penapolense o São Paulo passou, já do Corinthians nas semifinais não deu, derrota nos pênaltis (Ganso e Luis Fabiano erraram suas cobranças).



 Durante o Campeonato Paulista, o clube do Morumbi travou uma batalha para passar de fase na Libertadores. Apenas na última rodada, contra o Atlético Mineiro, foi que conseguiram a vaga para as oitavas-de-final. Quando tudo parecia estar se resolvendo para o São Paulo, com o time aparentemente a entrar nos trilhos, encarou o Galo novamente nas oitavas, e viu que o campeão não tinha voltado. No Morumbi, os 2 a 1 (com direito a Lúcio expulso) deu um banho de água fria. No Independência, em BH, foram 4 a 0, e o tricolor caiu no Horto.



 Para o São Paulo restou o Brasileirão, a tentativa do bi da Sul-americana e a Recopa, contra o Corinthians. Entretanto, o alvinegro derrotou a equipe de Ney Franco e conquistou o título. Ney foi demitido e Paulo Autuori foi contratado, quando a maioria da torcida pedia Muricy Ramalho, já fora do Santos. A partir daí, as confusões cresceram no clube acostumado com tranquilidade. 



 A passagem de Autuori no São Paulo foi turbulenta, ele foi a pessoa errada na hora errada, o que dificultou seu trabalho. A Copa Audi, disputada na Alemanha, com Bayern, Milan e Manchester City, foi um desastre. Aliás, toda a excursão, que passou por Alemanha, Portugal e Japão, foi um desvio de rumo para o tricolor, que sentia a água bater no Brasileiro. Em 18°, Autuori foi demitido após 17 jogos e apenas 3 vitórias em sua passagem. Enfim, Muricy foi chamado para livrar o time rebaixamento e fazer com que o bom futebol retornasse ao São Paulo em 19 rodadas. Com altos e baixos, os comandados de Muricy escaparam da degola (acabaram em 9º) e ainda venciam na Sul-americana. Opa! Isso aí merece destaque.



 A Copa Sul-americana era a última esperança para um título no ano. Atual campeão, o tricolor entrou nas oitavas, contra a Universidad Católica (Chile) e a venceu. Depois, o colombiano Atlético Nacional foi derrotado. Nas semifinais, o adversário foi a Ponte Preta. Com boa parte da imprensa dando como certa a ida para a final do tricolor. Não foi bem isso o que aconteceu. No Morumbi, a macaca fez 3 a 1, garantiu a classificação em Mogi Mirim. Acabou o ano do São Paulo. Turbulento, conturbado, cheio de altos e baixos, mas poderia ter sido pior.



O que melhorar para 2014?

 A defesa do São Paulo é a popular peneira. Rodrigo Caio, volante, é o melhor zagueiro da equipe, tem algo errado aí! O tricolor precisa urgentemente de zagueiros e um lateral-esquerdo (trouxe o semi-aposentado Clemente Rodriguez, que pouco mostrou). Porém, ainda é pouco. O ataque não é bom e precisa de um "nove", já que Luis Fabiano não deu conta.


 Destaque do ano

                                            Rogério Ceni
                                   
 Muitos dizem que a carreira de Ceni se confunde com a história do São Paulo. Esse ano não se teve dúvida disso. As oscilações que o São Paulo sofreu também foram sofridas pelo camisa 1 tricolor. A sequência de pênaltis perdidos na pior fase da equipe no ano não foi simples coincidência. Criticado, chegou a ter a antecipação de sua aposentadoria cogitada, mas a chegada de Muricy fez o time renascer, e Rogério repensa em deixar a aposentadoria de lado.


  

           

domingo, 22 de dezembro de 2013

Com o coração e sem o apoio que merecia


Se na vaga para a final eu fiz um post para o handebol do Brasil, com o título mundial então teria que fazer um blog. Essas meninas tem que ser veneradas eternamente, da mesma maneira que é a geração campeã pan-americana de basquete em Cuba, as campeãs olímpicas de vôlei, tanto na década de 90 como na do século XX e a Seleção de futebol de 1970. 

 Foi na casa delas. A Sérvia fez jogo duro, que goleira filha-da-mãe, que precisão nos arremessos, que frieza. Frieza, taí uma coisa que não se deve ver nas brasileiras, se fossem frias não teriam ganho essa partida. Foi com a raça e o coração. Quem acompanhou, ou melhor, quem teve paciência pra achar um lugar que estivesse passando (apenas o Esporte Interativo transmitiu a competição no Brasil), ficou com o coração na boca, mas no final deu a força da mulher brasileira e na primeira final de mundial que disputa, já é campeã.

 Após esse feito histórico, o que se espera é um apoio maior do que o esporte profissionalmente tem no país. Que não seja o apoio prometido para as mulheres do futebol, que mudou muito pouco a situação delas no país. Que seja o mesmo que aconteceu com o voleibol, que hoje tem quase um jogo por dia em algum canal de televisão. O handebol é uma mina de ouro, segundo esporte mais praticado nas escolas, já está mais do que na hora dele receber o apoio que merece. 

 O título mundial é mérito total do treinador Morten Soubak, de sua comissão técnica e das jogadoras, guardem esses nomes para a eternidade: Fabiana Diniz, Alexandra Nascimento, Samira Rocha, Daniela Piedade, Amanda Andrade, Fernanda da Silva, Ana Rodrigues, Bárbara Arenhart, Elaine Gomes, Mayssa Pessoa, Karoline Souza, Eduarda Amorim, Deborah Nunes, Mariana Costa, Mayara Mourão e Deonise Cavaleiro.   

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O handebol na escola e seu grande resultado

 Não é comum aparecer nos telejornais notícias sobre o handebol, apenas em casos de grandes conquistas, como a de hoje, na qual a seleção feminina do Brasil chegou à primeira final de Copa do Mundo (a 2ª seleção fora da Europa a obter tal êxito, a 1ª foi a Coréia do Sul em 1995). Se já não gosto da cobertura do basquete, a do handebol é pífia. Isso mostra que não foi por causa do "apoio" da mídia que o Brasil se tornou um dos principais países do handebol. "Então de onde veio todo esse sucesso?!" Ora, da escola.
Handebol: base na escola faz a diferença
 Sim, o handebol é o segundo esporte mais praticado nas escolas de todo o Brasil. Todos sabem que, para ter sucesso em um esporte, deve-se trabalhar desde a base, e o handebol fez isso, mesmo sem muito apoio do governo, simplesmente por ser um esporte fantástico e atraente. O trabalho na escola, mesmo sendo pouco desenvolvido, deu base para as meninas finalistas mundiais, que ganharam ainda mais com o contato com o esporte profissional em outros países (europeus, principalmente) e com treinadores experientes, que transformaram a seleção brasileira em uma potência mundial.



A Melhor do Mundo é exemplo do sucesso do handebol
na escola
 Quer um exemplo mais "concreto"? A atual melhor jogadora do mundo, eleita pela Federação Internacional de Handebol, Alexandra Nascimento, brasileira, começou aos 10 anos a praticar o esporte na escola Juiz Jairo Matos, em Vitória, se profissionalizou e está a 9 anos jogando na Áustria. Aos 32 anos, é uma das líderes da seleção, que está próxima da maior conquista da história no esporte. 

Um maluco no pedaço


Jong-un e o "diplomata" Dennis Rodman

 Dennis Rodman, membro do Chicago Bulls tricampeão da NBA entre 1996 e 1998, mais conhecido como uma pessoa excêntrica. Além do basquete, Rodman fez filmes (nenhum de sucesso), escreveu duas autobiografias ("Bad as I Wanna Be" e "I Should Be Dead By Now") e até participou de eventos de luta livre (ou telecatch), mas atualmente ele vem se superando. Dennis chegou à Coréia do Norte para sua terceira visita ao país governado por Kim Jong-un, o "anti-capitalista" mais consumidor dos produtos capitalistas entre todos os governantes socialistas/comunistas da história, que mandou matar o próprio tio e a ex-namorada nos últimos dias.


 Que o ex-jogador da NBA é maluco não se pode negar, sua vida comprova, mas quem poderia esperar que ele conseguiria ser diplomata na Coréia do Norte, que vive fechada para o "Mundo Capitalista"? Jong-un é fã de basquete (influência do pai, Jong-Il, que via uma partida da NBA por noite, mesmo sendo algo proibido por lá) e Rodman tenta o uso da diplomacia do esporte para obter algum êxito, o que não conseguiu nas duas visitas anteriores. O norte-americano Kenneth Bae segue preso por lá, mesmo com pedidos de soltura feitos pelo ex-jogador.      

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Galo Frito

Desolação dos atleticanos nos 3 a 1 para o Raja Casablanca, que irá para a final do Mundial de Clubes  

Dessa vez não teve pé esquerdo salvador de Victor,
que não teve culpas nos 3 gols sofridos
Khalid Askri na cambalhota da vitória: o novo Kidiaba?
Como explicar a derrota do Atlético para o Raja Casablanca? O time não jogou tudo o que sabe. Jô, em muitas decidas para o ataque, jogou pelo lado do campo. Um centroavante de 1,89m cair pelos lados do campo não é algo inteligente, o cara vira zagueiro do adversário, e foi isso o que aconteceu. A bola chegava para o Jô, na ponta, e ele perdia a bola ou cruzava mal. Tardelli jogou mais recuado, e mais sem posição, do que o normal. Ronaldinho demorou para realmente entrar em campo. Nem Josué, muito menos Pierre sabem sair jogando, erro do Cuca que complicou bastante a armação do Galo. Fernandinho não teve uma parceria com o lateral-esquerdo Lucas Cândido, que não atacou e levou muitas bolas nas costas. Assim como Marcos Rocha, que além de tudo não gostou de ser substituído. Leonardo Silva e Réver, com uma fraca cobertura dos volantes e uma burra "linha burra", sentiram a pressão. Aliás, a pressão é a pior dos problemas da semifinal do Mundial de Clubes para os europeus e sul-americanos. Nesse caso, o Grande Estádio de Marrakesh foi uma panela de pressão.

 A seguir, a tática do Raja Casablanca contra o Atlético para você, amiga dona de casa.

Frango frito na panela de pressão*
   
 Ingredientes                    
1 frango inteiro de aproximadamente 1,5 kg;            
6 dentes de alho amassados;
1/2 xícara (chá) de vinagre de vinho;
1 colher (sopa) de sal;
3 folhas de louro;
Pimenta vermelha picada a gosto;
1 litro de óleo de milho para fritar.

Modo de preparo
- Lave muito bem o frango e coloque-o em um recipiente;
- Tempere com o alho, o vinagre, o sal, o louro, a pimenta e deixe descansar por 2 horas;
- Em uma panela de pressão de 7 litros, aqueça o óleo e coloque o frango com o peito para baixo;
- Feche a panela, retire o pino e deixe fritar por 30 minutos;
- Abra a panela, vire o frango e deixe por mais 10 minutos;
- Retire o frango e sirva.

 Não recomendado para atleticanos, pois podem ficar com indigestão.
Desculpa, torcedor do Galo, mas o futebol também deve ter seu lado cômico à mostra.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Brasileirão - 39ª rodada

 Na 39ª rodada do Brasileirão, a média de público foi superior ao dos jogos das rodadas anteriores. Pena que não foi num estádio, mas na porta do STJD. Lá dentro, a Portuguesa perdeu e é a mais nova rebaixada, tirando o Fluminense, rebaixado no campo, da condição de jogar a série B em 2014. A festa do tricampeonato do tricolor carioca no tapetão (1996/2000/2014) foi algo vergonhoso para o futebol nacional, só não foi pior que o champanhe estourado pelo ex-presidente do Flu, Álvaro Barcelos, após a primeira virada de mesa, em 96. 
Álvaro Barcelos e o emblemático
champanhe da virada de mesa de 96





Ainda acontecerão mais algumas outras rodadas do Brasileirão 2013 (podem ter rodadas até em 2014), uma vez que a Lusa tem outras opções, como apelar à FIFA (duvido que a entidade máxima do futebol punirá a CBF ou algo assim, levando em conta a farinha do mesmo saco que está presente nos dois), à Comissão Arbitral do Esporte ou até mesmo à Justiça comum.    

 A punição à Portuguesa premia a incompetência esportiva. A aplicação fria da lei sempre para o mais fraco, em compensação do desvio padrão da aplicação da lei para o mais forte é reflexo da sociedade brasileira. O futebol está de luto. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Tapete voador

 Se Vasco e Fluminense não fizeram tanto esforço assim par escapar do rebaixamento dentro de campo, no tapetão eles estão empenhados. O cruzmaltino teve seu recurso recusado pelo STJD, tal recurso defendia o ganho dos pontos do jogo contra o Atlético Parananense porque o árbitro não cancelou a partida após uma hora de espera, o que estaria no estatuto. O engraçado (ou triste, depende do ponto de vista) é que o Vasco foi atrás de seus "direitos" e não falou nada sobre a atuação de sua torcida organizada (eu falo "sua" porque quem banca a torcida é o clube, até que provem o contrário). Já o Flu se escondeu atrás da CBF (mais uma vez), ou precisou da "ajuda" da federação-mor do futebol nacional para escapar, mais uma vez (agora sim), da segunda divisão. O tapete é tão mágico que até o ICASA, o 5° na série B, quer ir pra A através dele.


 Esse post vai ser curto, já que nada foi decidido. Porém, pode-se dizer que quem quiser alguma coisa no futebol brasileiro não precisa contratar bons jogadores, mas sim bons advogados.



        

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Rio abaixo


 Pela primeira vez na história do Campeonato Brasileiro dois dos quatro maiores clubes do Rio de Janeiro são rebaixados juntos. Pela primeira vez uma equipe que foi campeã brasileira no ano anterior é rebaixada no ano seguinte. O futebol fluminense terá apenas 2 representantes em 2014, menos que o Estado de Santa Catarina.

 Cinco anos depois da primeira queda, o Vasco volta à série B em 2014. Isso mostra que o clube de São Januário não aprendeu com o descenso a fazer um planejamento adequado. Um clube que chegou a sonhar com o título da Libertadores em 2012, sofreu no planejamento de 2013 e fez talvez o pior ano dos 98 do departamento de futebol do cruzmaltino. Fora de campo, as contas não eram pagas, tiveram que mandar caminhões pipa à São Januário, pois a água fora cortada por falta de pagamento. O presidente do clube, Roberto Dinamite, e Ricardo Gomes, diretor de futebol, fizeram um péssimo trabalho na montagem do elenco. Dentro de campo, a dependência de Juninho foi algo que entristeceu o torcedor. Lesionado na fase final, o camisa 8 não teve um substituto, alguém que carregasse o piano. Os 5 a 1 sofridos contra o Atlético Paranaense (com direito a torcida jogando contra) refletiu todo o ano do Vasco. 

 A história do Fluminense não é tão diferente da do Vasco. O alto valor do elenco campeão em 2012 causou graves problemas financeiros. A penhora de R$30 milhões um dia após o jogo do título mostrou que 2014 seria triste. Tragédia anunciada. Com as dívidas se multiplicando, o planejamento foi ridículo, poucos e fracos jogadores chegaram, e peças importantes saíram. Fred, Valência, Carlinhos, Wagner, Jean, entre outros sofreram com lesões. Resultado: o Flu disputará a série B em 2014. No final da década de 90, o Nense caiu da A pra B e da B pra C. Em 2001, a CBF, presidida pelo ilustre torcedor do tricolor carioca Ricardo Teixeira, permitiu que o Flu disputasse a série A, mesmo sem ter passado pela B. Agora a história será diferente, e, sim, terão que subir depois de passarem pela divisão de acesso.

 Duas das maiores agremiações do futebol nacional estão se afundando, assim como outras irão (Grêmio e outros já estão com problemas financeiros) caso o planejamento correto não seja feito. E sem essa de "o clube cai pra aprender", porque não aprende.     
    

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Copa formada


 O sorteio dos grupos da Copa 2014 colocou equipes campeãs mundiais no mesmo grupo, da mesma forma que foram montados grupos com poucos atrativos. Vejamos:

Grupo A: Brasil - Camarões - Croácia - México 
 O Brasil levou sorte no sorteio, uma vez que poderia ter um europeu mais qualificado pela frente, por isso tem tudo pra passar em 1º. Já a 2ª colocação tem tudo pra ser disputada, se levar em conta a fase complicada que a seleção mexicana sofre, que exige uma melhora da equipe; a ascensão da Croácia (e do bloco ex-Iugoslávia) no futebol europeu; e a base experiente dos leões indomáveis camaroneses. Palpite: Brasil e México passam.   

Grupo B: Austrália - Chile - Espanha - Holanda      
 Os "deuses do futebol" uniram os dois finalistas da Copa 2010 no mesmo grupo, maravilha! Bem, não tão maravilhoso para Austrália e Chile. Os sul-americanos, inclusive, estão mais uma vez no grupo da Espanha. Embora os europeus sejam favoritos, eles não terão vida fácil. Tanto Austrália como Chile não são de dar a vitória tão facilmente, o que será definidor na classificação final do grupo. Palpite: Espanha e Holanda passam, não necessariamente nessa ordem.

Grupo C: Colômbia - Costa do Marfim - Grécia - Japão  
 A Colômbia como cabeça-de-chave levou muita sorte, pois nenhum grande europeu entrou em seu grupo. Entretanto, o melhor asiático e o melhor africano entraram. Se essa é a melhor geração colombiana, terá de provar sua força para passar de fase. Os marfinenses são fortes fisicamente, os japoneses estão cada vez mais técnicos, os gregos tiveram sorte nas eliminatórias, destoam no grupo. Palpite: passam Colômbia e Costa do Marfim. 

Grupo D: Costa Rica - Inglaterra - Itália - Uruguai
 Sim, são 3 campeões mundiais no mesmo grupo. Uruguaios, ingleses e italianos brigarão pelas 2 vagas para a próxima fase, não há um favorito. A Inglaterra tem um bom time, mas nunca mostrou solidez nas competições que disputou desde a Copa de !966. Ao contrário da Itália, tetracampeã mundial, mas que sofre com a defesa e a falta de protagonismo de seus atacantes (a exceção é Balotelli). O Uruguai tem história no passado e no mais recente, com a conquista da Copa América e o quarto lugar na última Copa, mas seu time sofreu nas Eliminatórias e vem sendo contestado. A única coisa que é certo é que a Costa Rica já tem data pra ir embora: dia 24 de julho. Palpite: Itália e Inglaterra passam.  

Grupo E: Equador - França - Honduras - Suíça
 A França se deu muito bem no sorteio. Os Bleus não estão em boa fase (isso já vem desde o fim da Copa 2006), mais uma classificação conquistada no finalzinho do jogo na repescagem. De repente, a sorte dos franceses aparece e os colocam em um grupo fraquíssimo. Entretanto, a seleção campeã mundial em 98 está se especializando em sair na primeira fase, não custa nada ficar atento com Equador e Honduras. A Suíça é mais regular e deve conseguir a vaga para a as oitavas. Palpite: Suíça e França se classificam.

Grupo F: Argentina - Bósnia - Irã - Nigéria  
 A Copa começará tranquila para os argentinos, uma vez que será bem difícil não passar de fase para a equipe de Messi. O maior desafio dos hermanos é a Bósnia, da escola Iugoslava de futebol. Fora a equipe do leste europeu, tem o Irã e a Nigéria, duas seleções que já tiveram gerações melhores no futebol. Palpite: passam Argentina e Bósnia.

Grupo G: Alemanha - Gana - Estados Unidos - Portugal 
 Grupo difícil. A Alemanha tem time pra passar em 1º no grupo, mas vai ter que provar. Gana já foi melhor, mas ainda tem força, principalmente ofensiva. Os Estados Unidos seguem com uma equipe com bom ataque e defesa bem razoável, mas podem surpreender. A seleção que definirá a classificação final do grupo será a portuguesa. Dependerá do quanto Cristiano Ronaldo estará inspirado na fase de grupos, já que o ataque lusitano é muito dependente do CR7. Palpite: Alemanha e Portugal se garantem na próxima fase.

Grupo H: Argélia - Bélgica - Coréia do Sul - Rússia
 Além de uma boa geração, a Bélgica tem sorte. Provavelmente se classificarão em 1º no grupo, com russos e sul-coreanos disputando a outra vaga. A Coréia do Sul vem renovada, com pouca experiência internacional, o que pesa em uma Copa do Mundo. Já a Rússia disputa esta edição visando e Copa 2018, que será disputada em território russo. Os principais jogadores da ex-União Soviética já passaram dos 30 anos, o que aumenta a pressão nos mais jovens para eles começarem a se destacar. Palpite: belgas e russos se classificam.   


  

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A crise do Império X e os reflexos nas Olimpíadas 2016

 A perda de quase R$60 bilhões em 2 anos de Eike Batista afetou não só suas empresas e coisas mais diretamente ligadas a ele, como também algumas obras que estão sendo feitas visando as Olimpíadas de 2016. 


 Há dois anos, o Império X (OGX, OSX, MMX, MPX, LLX e CCX) valia por volta de R$64 bilhões. Atualmente, vale R$6 bilhões. Por que eu estou falando isso aqui, em um blog esportivo? Simplesmente porque os R$20 milhões de investimento mensal para as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) - um dos carros-chefes para a segurança dos eventos internacionais no Rio de Janeiro (inclui-se Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) - que a OGX fazia foram cortados. Além das UPPs, o projeto de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, que será usada em provas como a maratona aquática, recebeu até 2012 investimento da EBX, R$23 milhões dos R$30 milhões prometidos, mas atualmente enfrenta problemas. Assim como também a revitalização da Marina da Glória, cuja concessão fora passada para a BRM após a MGX desistir do trabalho.



 No ramo hoteleiro, a reforma do Hotel Glória, que era para estar pronto já para a Copa, agora não tem data para ser realizada, uma vez que  a REX, responsável pela obra, não teve condições de continuar. O edifício Hilton Santos também se tornaria um hotel quando foi comprado pela REX, porém o projeto não avançou.



 Ainda tem que se dizer que 5% do consórcio responsável pela gestão do Maracanã pertence à IMX. Entretanto, a situação permanece como está, sem nenhum reflexo da desvalorização do império do mecenas fluminense.