A sensação de que seria um ano de conquistas para o São Paulo surgiu logo após a conquista da Sul-americana do ano passado. Porém, a saída de Lucas foi sentida pela equipe, que não teve um jogador que pegou a responsabilidade deixada pelo agora meia do PSG. Jádson, Luis Fabiano e Ganso deixaram muito a desejar. Fora isso, as contratações não deram certo, e quase que o ano do tricolor foi pior, mas aí chegou Muricy Ramalho...
Começando pela era Ney Franco. Após a Sul-americana a moral do técnico cresceu. A chegada de Lúcio para a zaga foi comemorada pela diretoria, assim como também a 1ª posição na fase inicial do Paulistão, que garantiu que os jogos da fase de mata-matas acontecessem com mando de campo do tricolor. Do Penapolense o São Paulo passou, já do Corinthians nas semifinais não deu, derrota nos pênaltis (Ganso e Luis Fabiano erraram suas cobranças).
Durante o Campeonato Paulista, o clube do Morumbi travou uma batalha para passar de fase na Libertadores. Apenas na última rodada, contra o Atlético Mineiro, foi que conseguiram a vaga para as oitavas-de-final. Quando tudo parecia estar se resolvendo para o São Paulo, com o time aparentemente a entrar nos trilhos, encarou o Galo novamente nas oitavas, e viu que o campeão não tinha voltado. No Morumbi, os 2 a 1 (com direito a Lúcio expulso) deu um banho de água fria. No Independência, em BH, foram 4 a 0, e o tricolor caiu no Horto.
Para o São Paulo restou o Brasileirão, a tentativa do bi da Sul-americana e a Recopa, contra o Corinthians. Entretanto, o alvinegro derrotou a equipe de Ney Franco e conquistou o título. Ney foi demitido e Paulo Autuori foi contratado, quando a maioria da torcida pedia Muricy Ramalho, já fora do Santos. A partir daí, as confusões cresceram no clube acostumado com tranquilidade.
A passagem de Autuori no São Paulo foi turbulenta, ele foi a pessoa errada na hora errada, o que dificultou seu trabalho. A Copa Audi, disputada na Alemanha, com Bayern, Milan e Manchester City, foi um desastre. Aliás, toda a excursão, que passou por Alemanha, Portugal e Japão, foi um desvio de rumo para o tricolor, que sentia a água bater no Brasileiro. Em 18°, Autuori foi demitido após 17 jogos e apenas 3 vitórias em sua passagem. Enfim, Muricy foi chamado para livrar o time rebaixamento e fazer com que o bom futebol retornasse ao São Paulo em 19 rodadas. Com altos e baixos, os comandados de Muricy escaparam da degola (acabaram em 9º) e ainda venciam na Sul-americana. Opa! Isso aí merece destaque.
A Copa Sul-americana era a última esperança para um título no ano. Atual campeão, o tricolor entrou nas oitavas, contra a Universidad Católica (Chile) e a venceu. Depois, o colombiano Atlético Nacional foi derrotado. Nas semifinais, o adversário foi a Ponte Preta. Com boa parte da imprensa dando como certa a ida para a final do tricolor. Não foi bem isso o que aconteceu. No Morumbi, a macaca fez 3 a 1, garantiu a classificação em Mogi Mirim. Acabou o ano do São Paulo. Turbulento, conturbado, cheio de altos e baixos, mas poderia ter sido pior.
O que melhorar para 2014?
A defesa do São Paulo é a popular peneira. Rodrigo Caio, volante, é o melhor zagueiro da equipe, tem algo errado aí! O tricolor precisa urgentemente de zagueiros e um lateral-esquerdo (trouxe o semi-aposentado Clemente Rodriguez, que pouco mostrou). Porém, ainda é pouco. O ataque não é bom e precisa de um "nove", já que Luis Fabiano não deu conta.
Destaque do ano
Rogério Ceni
Muitos dizem que a carreira de Ceni se confunde com a história do São Paulo. Esse ano não se teve dúvida disso. As oscilações que o São Paulo sofreu também foram sofridas pelo camisa 1 tricolor. A sequência de pênaltis perdidos na pior fase da equipe no ano não foi simples coincidência. Criticado, chegou a ter a antecipação de sua aposentadoria cogitada, mas a chegada de Muricy fez o time renascer, e Rogério repensa em deixar a aposentadoria de lado.
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