Por mais que o Botafogo tenha Seedorf e Jefferson, dois dos grandes nomes do futebol brasileiro atual, o elenco alvinegro não era tão completo. Isso não impediu que o ano do clube de General Severiano fosse ruim, como o de alguns de seus rivais. Um título conquistado, uma boa participação na Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores*, mesmo com a saída de jogadores importantes.
O Campeonato Carioca foi mágico para o Fogão. Venceu a Taça Guanabara, após terminar em 2° no grupo A, derrotar o Flamengo na semifinal e o Vasco na final. De forma arrasadora, também conquistaram o segundo turno, a Taça Rio, após liderar seu grupo e golear o Resende na semifinal e bater o Fluminense na final. Campeão inquestionável, com direito à choro de Seedorf após a conquista do título estadual.
Nas primeiras fases da Copa do Brasil, Seedorf foi atração em Gama-DF, contra o Sobradinho e em Maceió-AL, contra o CRB. Vitória contra as duas equipes no jogo da volta. Na 3ª fase, contra o Figueirense, o buraco foi mais embaixo. Com 1 a 0 em Volta Redonda pro Bota e 1 a 0 pro Figueira em Florianópolis, o Fogão teve que derrotar nas penalidades o alvinegro catarinense.
Enquanto corria a Copa do Brasil, o Brasileirão começou com o Glorioso bastante promissor. Seedorf era o líder de uma equipe com o jovem Vitinho mostrando muita qualidade e Rafael Marques, outrora criticado, jogando em sua posição de origem e marcando gols. Até que o russo CSKA acertou a contratação de Vitinho. Sua importância foi percebida quando o Botafogo viu-se com problemas. Andrezinho, jogador de posição semelhante à do Vitinho, também saíra, o que fez com que Oswaldo de Oliveira fosse atrás de alguém na categoria de base. Hyuri e Gegê até tentaram substituir Vitinho, mas não conseguiram manter a qualidade do futebol durante todo o campeonato. Os problemas para achar um novo companheiro para Seedorf e um centroavante transformaram a expectativa de vencer o Campeonato Brasileiro em algo impossível, ainda mais com o Cruzeiro "voando".
uma das 4 bolas na rede do Botafogo contra o Flamengo |
Na fase final da Copa do Brasil, o time da Estrela Solitária não teve vida fácil. Os 4 a 2 contra o Atlético Mineiro no Maracanã pareceu pouco para passar de fase no Independência, com uma pressão no estilo da feita na Libertadores pelos atleticanos. Porém, o time botafoguense não sentiu, empatou por 2 a 2 e foi para as quartas, contra o Flamengo. Aí o alvinegro percebeu que a fase de seu rival era melhor, principalmente no segundo jogo. O 1 a 1 no 1° jogo não quis dizer nada, o ruim foram os 4 a 0 no jogo da volta.
Restou para o Fogão a vaga para a pré-Libertadores, após terminar em 4° o Brasileirão. Não foi um ano fantástico, mas foi mais do que o elenco botafoguense poderia ter feito.
O que melhorar para 2014?
Sem Oswaldo de Oliveira no comando, a diretoria tem que acelerar seu planejamento. A aposta é no treinador Eduardo Hungaro, que tem a vaga na Libertadores como um atrativo para contratar jogadores, e o Fogão precisa. Lateral-direito (caso Lucas Marques fique mais tempo machucado), um zagueiro, um meia (para auxiliar Seedorf e Lodeiro) e um centroavante (maior problema da equipe há algum tempo) tem de ser os principais alvos da diretoria.
Destaque do ano
Seedorf
Mais um ano em que o holandês liderou o alvinegro do Rio. Chorou como um garoto quando conquistou o título carioca e quando garantiu o 4° lugar da equipe e a vaga na Libertadores. Sabe que o fim de sua carreira está próximo, por isso pretende viver intensamente seus últimos momentos como jogador, símbolo e ídolo de seus companheiros e da torcida botafoguense.
0 comentários:
Postar um comentário