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domingo, 29 de junho de 2014

Diário da Copa - 18º dia

A punição da Brasuca. A muralha costarriquenha
Holandeses e mexicanos juntos no Castelão
 O Castelão foi palco de mais uma virada nos acréscimos desse Mundial. O belo gol de Giovani dos Santos aos 2 minutos do segundo tempo foi o suficiente para o treinador mexicano Miguel Herrera fechar seu time. O problema é aguentar a Holanda jogando desse jeito por 45 minutos. Mas falemos antes dos 45' iniciais, com maior domínio do México. Os
Robben foi derrubado na área, mas não foi marcado pênalti
holandeses esperavam algum contra-ataque ou erro dos Aztecas, porém não foram muitas chances que conseguiram. Van Persie, Robben e Wijnaldum não aproveitaram as raras oportunidades que tiveram. Robben inclusive foi derrubado na área, pênalti não marcado pelo árbitro Pedro Proença. O goleiro Ochoa pegou muito pouco na bola, pois quem atacava mais era sua equipe. Herrera, Salcido, Peralta e dos Santos eram os mais perigosos.


 No segundo tempo, dos Santos acertou um chute de fora e abriu o placar. Após alguns
dos Santos comemora o gol mexicano
minutos, Miguel Herrera tirou o autor do gol e colocou o volante Aquino. A alteração "ofensiva" dele foi substituir Peralta por "Chicharito" Hernández, ou seja, um atacante pelo outro. Louis van Gaal foi razoavelmente mais ousado (muito mais pela necessidade de fazer gols) ao colocar o atacante Depay no lugar do lateral Verhaegh, em contrapartida trocou Van Persie por Huntelaar (atacante por atacante). Sendo justo, a entrada de Depay foi importante porque tirou Robben do lado esquerdo e o colocou no direito, onde ele sabe jogar bem. 



Ochoa defende chute de De Vrij
 Na pressão holandesa, quem se destacou foi Ochoa, o "goleiro-íma". Foram duas defesas sensacionais, na primeira ele parou o chute à queima-roupa De Vrij, na segunda fechou o ângulo de Robben (houve uma terceira - talvez a mais desafiadora - mas Huntelaar já estava impedido). Enquanto a Holanda atacava, o México praticamente se abdicou de responder as ofensivas da Laranja Mecânica. Como diria aquele lá: "a bola pune". Depois de marretar, marretar e marretar, os holandeses chegaram ao que procuravam. Aos 42', Numa jogada provavelmente ensaiada, Robben cobrou escanteio na segunda trave, Huntelaar desviu a Brasuca para a entrada da área e lá estava Sneijder, que acertou um chute forte, pra estufar as redes de Ochoa, pra romper o campo magnético do goleiro mexicano. 
Sneijder acertou um chutaço da entrada da área
 Tudo estava se encaminhando para a prorrogação, só que Robben, correndo no acréscimos com 32ºC de temperatura do ambiente, não estava afim de mais 30 minutos, nem de pênaltis. Fez boa jogada pela direita, viu o pé de Rafa Márquez à sua frente, foi tocado por ele e deu um mergulho cinematográfico. Foi pênalti, embora a queda do holandês deixa uma sensação
Huntelaar comemora a virada holandesa
de encenação dele. Pedro Proença dessa vez marcou. Não foi Robben quem bateu, foi Huntelaar, pra virar o placar aos 48'. Só aí o México tentou atacar, com quem? Hernández estava sozinho, os volantes desceram, nada saiu. Pela 6ª vez consecutiva, os mexicanos chegaram às oitavas-de-final e foram eliminados. Jogando como nunca, perdendo como sempre. 

   


Vibração holandesa e lamentação mexicana ao fundo


Karagounis durante a partida contra a Costa Rica
 No mais improvável duelo das oitavas, a sensação do Mundial, a Costa Rica, enfrentou a Grécia, a seleção que menos apresentou futebol na primeira fase a se classificar. Muitos que viram a partida devem ter dito: "Precisa passar um desses dois? Não pode eliminar os dois e 'reviver' o Chile?" Pois é, não foi um primor de jogo, mas teve seus momentos de futebol. Os gregos começaram mais ofensivos do que na fase anterior e só não marcaram no primeiro tempo por causa do excelente goleiro Keilor Navas. A Costa Rica não era a mesma da fase de grupos, estava muito abaixo, terminou no lucro os 45' iniciais de poucas oportunidades claras para ambas as equipes.
Chute de Ruiz entra lentamente no gol de Karnezis
 Na volta do intervalo, Bryan Ruiz com um chute rasteiro na entrada da área fez 1 a 0. O gol, inicialmente, deu mais ambição para os costarriquenhos, porém isso não durou muito. Los Ticos começaram a recuar, dar espaços para a Grécia voltar a pressionar. Até que o zagueiro Óscar Duarte recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso da partida. Aí a Costa Rica se
Gol de Sokratis
fechou de vez. Navas, por mais de uma vez, salvou os centro-americanos. Entretanto, aos 45', o rebote do goleiro caiu nos pés de Sokratis, não teve jeito dele pegar essa. Mitroglou buscou a virada ainda nos acréscimos, só que Navas já estava recuperado. O gol dos gregos deixou muita gente brava, pois aguentar mais 30 minutos da prorrogação seria um porre.


 Enquanto a Grécia mantinha a pressão, a Costa Rica só conseguia se sustentar na defesa, já que não tinha pernas para defender e atacar. Joel Campbell, o único atacante da equipe na prorrogação, não conseguiu
Navas fez excelente partida contra a Grécia
dar três toques na bola sem errar em pelo menos um deles, estava esgotado. Mais uma vez, quem salvou Los Ticos foi Navas. No último lance, ele fez uma defesa brilhante no chute de Mitroglou cara-a-cara com o goleiro centro-americano. O jogo poderia ter se iniciado nos pênaltis que não haveriam muitas reclamações.


 Borges, Mitroglou, Ruiz, Christodouloupoulos, González, Holebas e até Joel Campbell (não sei como ele aguentou ainda bater pênalti) converteram suas cobranças. Tava faltando alguém aparecer. Gekas cobrou e Navas fez outra grande defesa. Umaña converteu sua cobrança e levou a Costa Rica mais longe ainda.
Gekas teve chute defendido por Navas na disputa por pênaltis
 "A Holanda vai trucidar a Costa Rica!" Se você pensou em algo do tipo, tenha cuidado pra não se precipitar. Não espere uma goleada da Laranja Mecânica, pois o estilo de jogo da Costa Rica encaixa mais contra seleções maiores do que com equipe menores, caso da Grécia. Ainda mais porque o que vier agora é lucro para Los Ticos.  
Festa da Costa Rica na Arena Pernambuco

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