Robben abriu o placar em Porto Alegre |
Cahill fez um golaço, candidato ao mais belo do Mundial |
Quem esperava outra goleada da Holanda no Mundial foi surpreendido por uma aguerrida Austrália, que mais uma vez em sua história vendeu caro a derrota e fez com a Laranja Mecânica a melhor partida da Copa até agora. Talvez por causa das ótimas condições de jogo no Beira Rio (dessa vez com hino dos países), com temperatura na casa dos 14°C, o que se viu em Porto Alegre foi um jogo corrido, algumas vezes pegado, mas também com muitas chances de gol para os dois lados. A postura australiana, pressionando a saída de bola holandesa, não dando espaços para a criação das jogadas, principalmente por parte de Robben e Sneijder dificultou o jogo dos europeus. Com muito custo, conseguiram um contra-ataque, como sempre mortal com Robben, aos 19 minutos do primeiro tempo, saiu assim o primeiro zero do placar. O segundo zero saiu no minuto seguinte, num cruzamento pra área que Cahill pegou de primeira, fazendo um golaço. E assim o jogo seguiu, lá e cá, até uma surpresa no início da etapa final.
O terceiro e derradeiro gol holandês no Beira Rio |
Bozanic recebeu na ponta esquerda da grande área holandesa, tentou o cruzamento, a bola bateu no braço de Janmaat e Djamel Haimoudi, árbitro argelino, marcou pênalti, seguindo a nova recomendação da FIFA sobre os critérios de bola na mão/mão na bola. Jedinak virou a partida, uma zebra. Mas aos 12", três minutos após o gol dos Socceroos, Van Persie aproveitou a falha da defesa e voltou o jogo ao empate. Uma saída de bola errada do zagueiro holandês Vlaar deu a oportunidade da Austrália fazer mais um. Oar apareceu na área, só que cruzou mal para Leckie, que improvisou um toque com o peito na bola para o gol, nada feito. "Quem não faz...", Memphis Depay, no minuto seguinte, arriscou de fora da área, a Brasuca fez uma curva, pingou no chão antes de chegar no goleiro Ryan, que tentou espalmar... ela passou entre seus dedos e foi morrer no fundo do gol. O gás da Austrália acabou, foi bom enquanto durou. Fim de papo. Vitória holandesa e sai pra lá, zebra!
88 chilenos invadiram o centro de imprensa do Maracanã em busca de entrar sem ingresso. Serão extraditados do país |
No Maracanã, um jogo para mexer com os nervos de espanhóis e chilenos. Antes da partida, torcedores chilenos sem ingresso invadiram o centro de imprensa do estádio e provocaram um grande tumulto, tentaram entrar no estádio por lá. Mesmo com certo despreparo, os seguranças conseguiram contê-los, tensão até mesmo antes da bola rolar (escrevo a partir de relato do jornalista André Kfouri, da ESPN). No gramado do Maraca, viu-se novamente uma Espanha apática, cheia de erros de passes, tiki-taka nem a pau. Enquanto isso, a Roja (a original, o Chile) partia para cima sem medo. Realmente, a Espanha não é mais a mesma.
Vargas iniciou a derrubada da Fúria |
É, Del Bosque... |
Num dos lance de pressão sobre a saída de bola da Fúria, Sánchez roubou a bola e iniciou a jogada, passou para Vidal, que devolveu em seguida, depois ela foi para Aránguiz, de Aránguiz para Vargas, de Vargas para o gol, tudo no meio da defesa campeã mundial. Xabi Alonso teve um oportunidade, mas o goleiro Bravo saiu bem dividindo com o camisa 14. Diego Costa, principal alvo no ataque, tanto dos passes de seus companheiros quanto das vaias da torcida brasileira, esteve mais uma vez apagado. Pra piorar, Sánchez bateu falta, Casillas espalmou mal, Aránguiz pegou o rebote e chutou meio de bico, meio de trivela, surpreendendo o goleiro espanhol, nocauteando de vez a antiga sensação do futebol, antes mesmo do intervalo. Fim de uma era, por mais melancólica que tenha sido esse final. Os dois últimos jogos pareceram as duas últimas lutas de Muhammad Ali, duas surras sofridas pela lenda do boxe, assim como da grande seleção, uma das maiores da história.
Lamentação dos jogadores espanhóis. Fim melancólico de uma grande era |
Espanha, campeã mundial em 2010, fora na primeira fase em 2014. Assim como a França fez (após o título de 98, fez apenas 3 jogos em 2002), a Itália (ganhou em 2006 e saiu rápido em 2010) e o próprio Brasil (bicampeão em 58 e 62, caiu na primeira fase em 66). A maldição do campeão fez outra vítima.
Olic abriu o placar na Arena Amazônia |
Em Manaus, a Croácia teve sua equipe completa (Mandzukic voltou após ficar suspenso contra o Brasil) e Camarões não contou com seu maior jogador, Samuel Eto'o, com uma lesão no joelho (também há a possibilidade dele ficar fora do jogo contra o Brasil). Os "Leões Indomáveis" ficaram sem seu principal finalizador (aparentemente o único, já que o resto da equipe não é lá muito boa nesse quesito), e os croatas não perdoaram. Aos 11 minutos, Olic abriu o placar. Perisic, aos 16", quase ampliou. Pra piorar para Camarões, Alex Song agrediu Mandzukic sem bola (mostrando todo o desequilíbrio emocional da equipe) e foi expulso aos 39". Aí o segundo tempo ficou fácil para os europeus.
Mandzukic comemora um de seus gols |
Ekotto e Moukandjo em cenas "picantes" |
Perisic teve outra chance de marcar, dois minutos após a volta do intervalo, mas dessa vez não desperdiçou. Pra fechar o placar, Mandzukic anotou dois em sua conta e a partida encerrou 4 a 0. Poderia ter sido mais, se os croatas não tivessem sidos tão preciosistas. Mais? Com 4 a 0 Assou-Ekotto e Moukandjo discutiram e trocaram cabeçadas no campo (vai saber o que aconteceu no vestiário), imagina se fosse mais. Foi o suficiente para a eliminação de Camarões. Aliás, tanto Austrália, Espanha e Camarões (as três que perderam hoje), foram as três primeiras eliminadas do Mundial. Claro, vem mais por aí. Mas quem serão? Pelo menos um ex-campeão mundial estará fora (isso poderá ser definido amanhã) e mais surpresas poderão acontecer.
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