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sábado, 14 de junho de 2014

Diário da Copa - 2º dia

Muita água, laranjada, show chileno e mais lambanças da arbitragem


Festa mexicana em Natal
 México e Camarões deram o pontapé inicial para os 3 jogos do dia. Arena das Dunas, em Natal, estava mais para estádio Jalisco, estádio Azteca, de tanto mexicano nas cadeiras azuis do estádio nordestino, que não foi liberado pelo corpo de bombeiros, sobrou para a FIFA arcar com as consequências caso algo de ruim acontecesse. Do início ao fim, a torcida mexicana apoiou, cantou "Cielito Lindo" e cânticos típicos deles (inclusive o "¡Puto!" para o goleiro adversário em todo tiro de meta que cobrava). Assim como a torcida, a chuva acompanhou a partida do início ao fim. Não qualquer garoa, uma chuva torrencial caiu em quem assistia o jogo e nos jogadores. 

Peralta comemora seu gol
 Mesmo encharcados (o campo, aliás, esteve impecável toda a partida), mexicanos e camaroneses fizeram um grande duelo. Com os latino-americanos dominando a posse da bola, sobrava para Eto'o e companhia tentar o contra-ataque. Foi o México quem chegou mais, inclusive fez dois gols, com Giovani dos Santos, mas ambos foram mal anulados pelo auxiliar Humberto Clavijo. Esses dois gols mudariam a história do jogo, principalmente do segundo tempo. Na volta dos vestiários, Assou-Ekotto por pouco não deixou Camarões à frente, numa cobrança de falta desviada na barreira, que matou o goleiro Ochoa e passou rente à trave. Algum tempo depois, dos Santos apareceu na cara do gol, bateu, Itandje defendeu, mas Peralta colocou a criança no berço. O 1 a 0 garantiu a vitória do México, mas a sensação de que poderia ser mais se a arbitragem não atrapalhasse ficou.

De Vrij reclama do pênalti marcado sobre Diego Costa
Peixinho de Van Persie no gol de empate da Holanda
 Quem adoraria uma vitória por 1 a 0 seria a Espanha. Perto do que tomou da Holanda, seria bom demais. A Fonte Nova foi palco de um dos resultados mais surpreendentes que o futebol já viu. Diego Costa (mais vaiado que a Dilma em dia de jogo do Brasil) não encontrava espaço na defesa holandesa, até conseguir uma finta no defensor e buscar o contato no carrinho de De Vrij, o árbitro Nicola Rizzoli marcou pênalti. Xabi Alonso converteu em gol. Última alegria espanhola na partida. 
A imagem da partida

 Blind fez um lançamento, do meio do campo para a grande área, para Van Persie, que de peixinho encobriu Casillas e mudou o comportamento da Holanda no final do primeiro tempo, o que fez com que a etapa final fosse totalmente diferente, totalmente laranja (ou azul, já que o tradicional laranja holandês foi substituído pelo azul na partida). Em outro passe fantástico de Blind, Robben recebeu, deixou Piqué a ver navios e tocou no contrapé de Casillas. Sneijder cobrou falta na área e a bola encontrou De Vrij, do pênalti ao gol. Casillas já estava no chão, após se chocar com Van Persie (falta não marcada encima do goleiro espanhol), nem viu a bola entrar. O que ele também não queria ter visto era o quarto gol, no qual ele recebeu passe pela esquerda e dominou, digo, foi dominado pela bola. Ela bateu em seu pé, foi muito pra frente, Van Persie aproveitou, fintou-o, bateu e correu pro abraço. Outro que correu - e muito - foi Robben. Após passe longo de Sneijder, ele saiu 8 metros atrás de Sergio Ramos, ultrapassou-o na corrida, fintou Casillas e fez o quinto. Sim, 5 a 1 para a Holanda. Vamos ver se a Espanha consegue se reerguer para as próximas partidas, ou se mantém a maldição dos campeões mundiais, como a França em 2002 e a Itália em 2010.


Chilenos compareceram em peso em Cuiabá 
 Pra encerrar o dia, a Arena Cuiabá recebeu Chile x Austrália. Começou de forma belíssima. Ouvir a torcida brasileira cantar o hino à capela é bonito, mas é mais bonito ainda quando um país que não é sede do torneio tem torcedor suficientemente apaixonado para cantar à capela o hino, mesmo sem a curta trilha sonora disponibilizada pela FIFA. O dia começou com Mexicanos al grito de guerra e terminou com Que o la tumba serás de los libres, o el asilo contra la opresión. Se alguém ainda discorda que a Copa é feita para os torcedores, precisa ver jogos como esse. Os Socceroos também tinham um bom apoio vindo do público, mas o que mais se via era camisa vermelha. 
Bola na rede no gol de Sánchez

O jogo? Bom, de um lado um Chile ofensivo e de passes rápidos, mas de poucos chutes de fora da área, do outro uma Austrália defensiva, apostando nos cruzamentos na área. Sem muita dificuldade, os "anfitriões" (pelo menos é o que parecia quando se via o público) abriram 2 a 0, com Sánchez (após bate-rebate, a bola sobrou pra ele, gol) e Valdivia (Sánchez veio pela direita, Vargas passou correndo e atrapalhou a defesa, o camisa 10 recebeu sozinho, bateu com categoria fora do alcance de Ryan). No cruzamento na área a Austrália diminuiu, com Cahill 
comemoração do gol de Valdivia

subindo mais que Medel e acertando a cabeça na bola. Por pouco Cahill não faz outro, agora com o pé, não fosse o goleiro Bravo. No segundo tempo, mais disputa de bola no meio-campo, mais jogadas erradas, menos futebol. Beausejour substituiu Valdivia e fechou o caixão aos 47 minutos, após Pinilla ter seu chute defendido por Ryan e o meia dar um dos primeiros chutes de fora do Chile que foi para o gol, e entrou. Chilenos empolgados para a próxima partida, contra a Espanha. Teremos show da torcida chilena novamente?  


  

     

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