Algum problema? |
O mesmo Dunga que seguiu a "coerência" em 2010 e levou para a Copa da África do Sul uma equipe que dava pra saber que não seria campeã, era questão de tempo até ser eliminada, o que aconteceu nas quartas-de-final, diante da Holanda. Dentre os convocados pelo coerente e comprometido treinador estavam o goleiro Doni (não custa lembrar a qualidade de seu empresário, já que ele era bem razoável), o lateral-esquerdo Michel Bastos (se destacou no Lyon, mas como ala/ponta esquerda), os volantes Felipe Melo (ele mesmo), Gilberto Silva (não era mais o mesmo), Josué (longe de ser o mesmo) e Kléberson (nunca foi o mesmo desde 2002, em 2010 estava bem pior) e o meia Julio Baptista (ajudou o técnico na Copa América de 2007, mas 3 anos depois não merecia estar onde estava). Deixou de fora o ainda interessado Alexandre Pato, Ganso (antes de sofrer a lesão no joelho) e Neymar. No final das contas, o Brasil teve que torcer para Kaká, longe da forma física ideal por ter voltado de lesão a pouco tempo, jogar o máximo que podia no momento. Coerentemente, a Holanda eliminou a Seleção.
Dunga preferiu morrer abraçado com seu time medíocre e foi mandado embora justamente da Seleção. Não teve nada de injusto. Ele decidiu fazer o que pensava (o que teimava) e quebrou a cara. Tudo bem, não saiu com 7 gols nas costas, reclamando de "apagão", nem precisava disso pra sair do cargo.
"Com Dunga, não terá a 'mamata' da Rede Globo", é o que defendem algumas pessoas (e veículos de imprensa, como a Rede Record). Precisa ser tão extremista assim? Pode até ser que Dunga feche a porta para a Globo e todas as outras emissoras (seria ingênuo dizer que alguém senão a Globo teria exclusividade), mas não será por isso que o Brasil jogará bem. Tenho certeza que Sampaoli faria coisa semelhante, com muito mais chances de provocar o sucesso da Seleção.
"Com Dunga, não terá jogador chorando", também ouvi essa. Realmente, quem vai chorar é o torcedor da Seleção.
"Depois dos 7 a 1, precisamos resgatar o amor à camisa amarelinha!", esse papo foi o mesmo quando Ricardo Teixeira (lembra dele?) anunciou Dunga em 2006, após o Brasil deitar e rolar nas baladas de Weggis e enrolar em campo, comandado por Parreira (percebeu que o tempo passa, mas os nomes são os mesmos?).
Poderia falar de muito mais contra a escolha de Dunga, só que já é o suficiente para perceber que ele não é o nome ideal para comandar a seleção brasileira, nada mais é do que um escudo da dupla Marin/Del Nero, que já usou desse artifício com Felipão/Parreira. Quando anunciaram Gilmar Rinaldi como Coordenador-geral de Seleções, o pior já poderia ser esperado. E o pior não é o Dunga, ainda está por vir.
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