Só jogaço!
Na véspera do início das quartas-de-final, é momento de relembrar o que de melhor aconteceu até agora no Mundial. É difícil de dizer qual outra Copa teve tantos jogos memoráveis como esta. Então, vamos citá-los aqui, em ordem cronológica (não em ordem de "jogo mais bonito"). Melhor começar já, pois essa lista vai longe.
Espanha 1 x 5 Holanda, em Salvador
Será um jogo inesquecível devido à surra que a campeã de 2010 levou. Não teve tiki-taka que segurasse Robben, Van Persie e toda a seleção laranja (que estava de azul). Xabi Alonso fez de pênalti, porém foi só isso que a Roja conseguiu. Van Persie, após lançamento de Blind, fez um golaço de cabeça para empatar; Robben virou após outro lançamento de Blind; De Vrij ampliou de cabeça; Van Persie se aproveitou do péssimo domínio de bola de Casillas para fazer o quarto e Robben fechou caixão após dar um pique do meio-campo à grande área espanhola, fintar Casillas e correr pro abraço. Uma surra!
Inglaterra 1 x 2 Itália, em Manaus
Não estava fácil para europeu jogar num clima quente e úmido (teve jogador que afirmou ter sofrido alucinações), mesmo assim fizeram uma grande partida. A torcida inglesa "invadiu" a Arena Amazônia, porém não conseguiram sair com a vitória (isso não quer dizer que eles não foram festejar - beber - mais pouco depois do jogo). A dupla Pirlo e Verratti conduzia os ataques da Azzurra, já Welbeck, Sterling e Sturridge causavam bastante perigo nas jogadas ofensivas inglesas. Após corta-luz de Pirlo, Marchisio acertou um belo chute de fora da área para fazer 1 a 0. Não demorou muito para Rooney cruzar e Sturridge empatar. Mas Candreva colocou a bola na cabeça de Balotelli, que deu números finais à partida.
Austrália 2 x 3 Holanda, em Porto Alegre
Surpreendente, pode ser a palavra que descreve esse jogo. Depois de atropelar a Espanha, a Holanda tinha tudo para fazer mais uma vítima. Só esqueceram de avisar a Austrália. Robben abriu o placar em contra-ataque. Um minuto depois, Cahill acertou um chute de primeira, na entrada da área, numa bola que veio de um longo lançamento (um dos gol mais belos do Mundial). Jedinak virou em cobrança de pênalti, mas pouco tempo depois Van Persie voltou a partida ao empate. Memphis Depay acertou um chute traiçoeiro de fora da área, que Maty Ryan não conseguiu pegar.
Uruguai 2 x 1 Inglaterra, em São Paulo
Era matar ou morrer. Um jogo que exigia, além do futebol, muita raça. A Inglaterra até possuía um bom time, mas o Uruguai compensa sua falta de futebol com raça. A presença de Luisito Suárez também ajudou bastante a Celeste. Não fosse ele, é bem provável que não desse para os uruguaios. Suárez abriu o placar de cabeça. Rooney, após tentar durante 3 Copas, fez seu gol. Aí Luisito apareceu novamente para garantir os primeiros 3 pontos do Uruguai e eliminar os ingleses ainda na segunda rodada.
Itália 0 x 1 Uruguai, em Natal
Em outro duelo de vida ou morte, a Itália mudou a formação tática para derrotar o Uruguai. O resultado até poderia ser positivo para a Azzura, mas a expulsão de Marchisio mudou a história da partida. Buffon parou Suárez, que mordeu Chiellini (e saiu da Copa). Godín, subindo para cabecear, porém acertando as costas na bola, fez o gol da heroica classificação da Celeste para as oitavas-de-final.
Argentina 1 x 0 Irã, em Belo Horizonte
Não se esperava muito da seleção iraniana contra a Argentina, apenas uma derrota por 3 ou 4 gols de diferença. Surpresa! Os Príncipes da Pérsia causaram grandes perigos para a Alvi Celeste, principalmente Goochannejhad e Dejagah, que exigiram boas defesas de Romero. O problema de se enfrentar a Argentina e não conseguir aproveitar as oportunidades é que, uma hora ou outra, Messi consegue espaço e decide. Aos 46' do segundo tempo, ele chutou de fora da área, a Brasuca foi no único espaço que não tinha iraniano no caminho até o gol e estufou a rede de Haghighi.
Alemanha 2 x 2 Gana, em Fortaleza
Depois de um primeiro tempo não tão bom, alemães e ganeses travaram uma batalha nos últimos 45 minutos. Götze marcou, porém logo em seguida André Ayew empatou. Asamoah Gyan conseguiu virar o placar, porém Klose apareceu na pequena área e, de carrinho, mandou para o gol, marcando seu 15° em Copas. Na ânsia da vitória, as duas seleções tentavam mais um tento a todo custo, mesmo exaustos. Entretanto, a partida se encerrou com o empate. Um ponto pra cada um, mas bem que poderiam dar 3 pra ambos.
Holanda 2 x 1 México, em Fortaleza
Ao abrir o placar, com Giovani dos Santos, os mexicanos decidiram recuar (com medo de um contra-golpe de Robben por tudo por água abaixo) e dar espaço para a Holanda. Graças ao goleiro Ochoa, os comandados do treinador Miguel Herrera conseguiam segurar a Laranja, até que Sneijder acertou um chute forte para empatar a partida. Mesmo sem contra-ataque, Robben conseguiu aparecer. Conseguiu boa jogada pela direita e conseguiu cavar um pênalti, cobrado por Huntelaar. Os mexicanos pecaram no excesso de cautela e perderam a chance de matar o jogo.
Costa Rica 1 x 1 (5 x 3, pen.) Grécia, em Recife
Quando a Grécia chuta 13 vezes no gol quer dizer que o fim do Mundo está próximo ou que foi um jogo bom. Tá certo que a Costa Rica não conseguiu jogar o que mostrou na primeira fase, pois seu estilo dificulta as partidas com grandes seleções, mas deixa a desejar contra menores. Com tantas finalizações e poucos gols, é claro que o goleiro Navas merece destaque. Parou tudo, exceto o chute de Sokratis. Nos pênaltis, fez uma grande defesa na cobrança de Gekas e conseguiu a vaga para as quartas-de-final.
França 2 x 0 Nigéria, em Brasília
Não fosse o goleiro Enyeama, teria sido uma goleada francesa, o que não quer dizer que a Nigéria não causou perigo à defesa europeia, principalmente com Emenike e Odemwingie. Fato é que Pogba deu uma cabeçada na Brasuca e ela foi pra rede, acabando com o encanto da defesa nigeriana, que até gol contra fez depois, com Yobo. Mas o que valeu foi a grande partida que Les Bleus e Super Águias fizeram no Mané Garrincha.
Alemanha 2 x 1 Argélia, em Porto Alegre
Os 70% de posse de bola da Alemanha na partida mostram como foi a pressão dela pra cima da Argélia. Só não mostra os contra-ataques perigosos que as Raposas do Deserto tiveram, com Neuer saindo da área para cortar quase uma dezena de lançamentos. Mesmo chutando bastante para o gol, os alemães não passaram pelo goleiro M'Bolhi no tempo normal. Para o alívio da Mannschaft, Schürrle tirou o encanto do gol argelino logo no início da prorrogação. Özil fez 2 a 0, mas Djabou ainda deu um frio na barriga do torcedor alemão quando diminuiu no final.
Argentina 1 x 0 Suíça, em São Paulo
Xhaka e Drmic tiveram a chance de marcar no primeiro tempo, mas não passaram pelo goleiro Romero, assim como também a Argentina não passou por Benaglio. Nem Messi, nem Higuaín, nem Lavezzi, nem di María, nem Rojo, ninguém conseguiu fazer gol na meta suíça. Na prorrogação, parecia que da mesma forma o placar iria terminar. Aí, Palacio recuperou a Brasuca, passou para Messi, que livremente se aproximou da área e mandou para Di María fazer o gol da vitóia. Da vitória só porque Dzemaili acertou a trave em cabeçada minutos depois.
Bélgica 2 x 1 Estados Unidos, em Salvador
Os belgas ainda não tinham feito uma boa partida na Copa, a falta de chutes ao gol na primeira fase foi compensada com 27 finalizações para a meta dos EUA, das quais 16 foram defendidas pelo goleiro Tim Howard. Tanta pressão resultou em gol, mas só na prorrogação. Após mais um bom 0 a 0 nos 90 minutos, De Bruyne e Lukaku fizeram um gol cada. Green descontou para os norte-americanos, que garantiram a pressão nos últimos 15 minutos, sem conseguirem o empate.
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