Pages

AddThis Smart Layers

468x60

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Diário da Copa - 26° dia

Duas finais nas semifinais

 Brasil x Alemanha e Holanda x Argentina definirão qual será a final do Mundial 2014. Dois duelos que já foram finais de Copas passadas (pela primeira vez teremos os dois jogos semifinais reedições de decisões de títulos em Mundiais anteriores). Vamos recordar o que se passou quando Brasil e Alemanha se enfrentaram valendo o caneco, assim como também Argentina e Holanda.

1978
Holanda e Argentina perfiladas no Monumental de Nuñes
 Realizada na Argentina durante o regime militar naquele país, a Copa serviu de propaganda para popularizar a ditadura. Nenhum resultado senão a vitória da seleção Albiceleste não seria muito bem-vindo. Após uma controversa classificação para a final (vitória suspeita por 6 a 0 sobre o Peru, goleada que eliminou o Brasil, adversário direto dos argentinos), a equipe de Mario Kempes, Osvaldo Ardiles, Daniel Passarella, do goleiro Ubaldo Fillol e do treinador César Luis Menotti encarou a Holanda, vice-campeã em 1974 com o "Carrossel Holandês", que tinha 4 alterações em relação ao time de 4 anos antes, uma delas era a não presença de Johann Cruyff (sua esposa teria dado um ultimato. "Ou ela, ou o Mundial", pois em '74 a concentração da seleção holandesa não tinha sido muito legal pra um homem casado, digamos dessa forma, aí ele não foi em '78). Mesmo assim, ainda tinham Ruud Krol, Johan Neeskens, Johnny Rep e Rob Rensenbrinck. Com eles, foram pra final depois de terminar em 1° num grupo com Itália e Alemanha Ocidental, algoz de '74 da Laranja Mecânica, além da perigosa Áustria.
Kempes, na comemoração do primeiro gol argentino na final

 No Estadio Monumental de Nuñes, em 25 de junho, após chances perdidas da Argentina e da Holanda (com direito a uma defesa milagrosa de Fillol no chute de Rep), Kempes, aos 37', invadiu a área e, caindo, mandou pro gol. Um a zero. O empate veio aos 36' do segundo tempo, numa cabeçada de Nanninga e a partida foi para a prorrogação.
Gol de desempate da Argentina, também marcado por Kempes
 Em lance semelhante ao do primeiro gol, Kempes invadiu a área, chutou, Jongbloed defendeu, mas a Tango ficou viva na área, Kempes a pegou no rebote para desempatar o jogo. Pra sacramentar a vitória argentina, Bertoni, após jogada individual de Kempes, mandou pro fundo do gol. Primeiro título da Albiceleste.
Passarella carrega a taça do Mundial
 Argentina: Fillol; Olguín, Galván, Passarella e Tarantini; Gallego, Ardiles (Larrosa) e Kempes; Bertoni, Ortiz (Houseman) e Luque. Técnico: César Menotti.

 Holanda: Jongbloed; Krol, Jansen (Suurbier), Brandts e Poortvliet; Haan, Neeskens e Willy van de Kerkhof; René van de Kerkhof, Rep (Nanninga) e Rensenbrinck. Técnico: Ernst Happel.


Confira a partida completa, com a narração do saudoso Luciano do Valle.


2002
 No primeiro Mundial disputado no continente asiático, alemães e brasileiros decidiram o título. Após duas semifinais duras (Brasil e Alemanha fizeram 1 a 0 nas surpreendentes Turquia e Coreia do Sul), o time do capitão Oliver Kahn (eleito melhor jogador da Copa mesmo antes da final), do meia Bernd Schneider e dos atacantes Oliver Neuville e Miroslav Klose perdeu o grande nome do meio-campo, Michael Ballack, para a final por ter chegado ao número excedente de cartões amarelos contra os sul-coreanos, obtendo suspensão de 1 jogo. Já o Brasil de Felipão, com Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo, foi completo.
A bola no travessão de Kléberson foi um dos maiores momentos de perigo do primeiro tempo
 Em Yokohama, a Fevernova rolou. Após um início truncado, com muitas faltas, o Brasil começou a tomar controle da partida. Ronaldo foi acionado duas vezes por Ronaldinho, mas nada conseguiu. Kléberson, elemento surpresa no ataque, finalizou com perigo duas vezes. Na primeira, a bola passou à esquerda do gol. Na segunda, acertou o travessão. Em ótima chance, Roberto Carlos mandou pra área, Ronaldo dominou na marca do pênalti sozinho e chutou, mas Kahn defendeu com o pé.
Grande defesa de Marcos na cobrança de falta de Neuville
 No segundo tempo foi a vez do Brasil levar pressão. A cabeçada de Jeremies parou no pé direito de Edmílson. Na pancada de Neuville em cobrança de falta, Marcos tocou com a ponta dos dedos na bola, que a inda carimbou a trave. A Alemanha manteve a pressão, parecia que o primeiro gol sairia do lado da meta defendida por Marcos, até que Ronaldo roubou a bola
Ronaldo aproveitou o rebote de Kahn para abrir o placar
de Hamann, passou pra Rivaldo, ele chutou, Kahn largou bisonhamente a bola e Ronaldo apareceu e conferiu. Um a zero. Para garantir a vitória, Kléberson apareceu na ponta direita, mandou no meio na direção de Rivaldo, que deu um corta-luz fantástico. A bola caiu nos pés de Ronaldo, aí já dá pra saber o que aconteceu. Gol. Ainda deu tempo de Marcos parar novamente os alemães, dessa vez Bierhoff. Fim de papo! Brasil é penta!       

 
Cafu ergue o troféu de campeão do Mundo

 Brasil: Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Roberto Carlos e Ronaldinho (Juninho Paulista); Rivaldo e Ronaldo (Denílson). Técnico: Luiz Felipe Scolari. 

 Alemanha: Kahn; Linke, Ramelow e Metzelder; Frings, Hamann, Jeremies (Asamoah), Bode (Ziege) e Schneider; Neuville e Klose (Bierhoff). Técnico: Rudi Völler.
    
 Faça um esquenta pro jogo da semifinal relembrando a final de 2002. 


0 comentários:

Postar um comentário