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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Felipão: a 6 anos vivendo apenas do passado

Felipão campeão da Libertadores com o Palmeiras em 99
 A carreira de Luiz Felipe Scolari como treinador acabou em 2008, com a eliminação de Portugal nas quartas-de-final da Eurocopa para a Alemanha (ela mesmo) por 3 a 2. De lá pra cá, ele passou a ter opções de emprego mais pelo que fez do que pelo que poderia vir a fazer. Claro, quem é cinco vezes campeão estadual (bi alagoano pelo CSA e tri gaúcho pelo Grêmio), três vezes do Brasil (naquele momento, com o Criciúma em '91, o Grêmio em '94 e o Palmeiras em '98), uma vez Brasileiro (em '96 pelo Grêmio), duas vezes da Libertadores ('95 com o Grêmio e '99 com o Palmeiras) e campeão do Mundo pelo Brasil pode usar o sinônimo de "treinador campeão" para chamar a atenção das equipes, mas também tem que se fazer valer.


Felipão durou pouco no Chelsea
 Ganhou a oportunidade de dirigir o inglês Chelsea logo após a saída de Portugal. Lá, mostrou dificuldades com os pontos corridos da Premier League. Conseguiu 11 vitórias seguidas fora de casa, o problema foram alguns tropeços no Stamford Bridge, casa dos Blues, que deixaram a equipe para trás na disputa pelo título. Além disso, sofreu com idioma que não dominava e com a divisão do elenco (algo difícil de ver num time comandado por ele), aí Big Phil voltou a ser Felipão em 8 meses, demitido por Roman Abramovic. 


Apresentação de Scolari no Bunyodkor
 com direito a roupa regional
 Na experiência mais alternativa de sua carreira, foi para o Uzbequistão ser técnico do Bunyodkor. Com investimentos de empresas do setor petrolífero do país, Felipão montou uma boa equipe, com Rivaldo e o jogador asiático do ano anterior (2008), Server Djeparov. Foi campeão uzbeque invicto com 4 rodadas de antecedência, aproveitamento de cerca de 95%. Mesmo com tantos números positivos, não foi eleito melhor treinador do torneio (prêmio dado a Igor Shkvyrin, quarto colocado com o Olmaliq FK), mas isso era o de menos. O título em uma liga bem menos disputada e o histórico dele motivou o Palmeiras a chamá-lo de volta para reviver os grandes momentos passados pelo clube no final da década de 90.


A segunda passagem de Felipão no Palmeiras
 terminou de forma melancólica
 Nos dois anos que permaneceu no Palmeiras, notou que a realidade do clube não era a mesma da primeira passagem dele. O dinheiro do leite (da Parmalat) não estava lá. Aliás, achar verba estava difícil. Felipão, além de ter sido contratado com a esperança de voltar aos tempos de glória do Alviverde, teve sua primeira experiência como "escudo". Na gestão de Arnaldo Tirone, atuou como tal. O time ruim que tinha em mãos conseguiu conquistar a Copa do Brasil, o que foi mais prejudicial do que benéfico para o clube, que passou a acreditar que estava no caminho certo. O rebaixamento no mesmo ano provou o contrário. Felipão já não se encontrava mais no comando quando a derrota para o Flamengo decretou o descenso da equipe para a série B. Ele já estava a caminho de outro projeto, também valendo mais de seu histórico do que de seu momento atual: a Seleção Brasileira.


O Brasil de Felipão foi escorraçado do Mundial
 Junto com Parreira (além do inseparável Murtosa), fez outra vez o papel de "escudo", agora da direção da CBF (Marin e Del Nero, em especial). Semelhante ao Palmeiras, mas com uma mão-de-obra mais qualificada, deu sinais de que levava a Seleção para o caminho certo com a conquista da Copa das Confederações. Desta feita, foi a Copa do Mundo que provou o contrário. Sim, a Copa como um todo, não só os 7 a 1 da Alemanha, seguido dos 3 a 0 da Holanda. Desde Sérvia e Panamá, os amistosos pré-Mundial, a situação não mostrava ser a de "Brasil com a mão na taça" e não foi, nunca chegou a ser. 


Será que depois de 6 anos Scolari deixará de viver do passado?
 Felipão deixou o comando técnico da Seleção com o futuro nebuloso. Só teria a oportunidade de dar a volta por cima em um lugar, justo onde foi contratado, no Grêmio. Lá, também será escudo da diretoria e de seu amigo, o presidente do tricolor gaúcho Fábio Koff, que sofreu com os péssimos investimentos de sua gestão e de gestões anteriores, causando problemas financeiros. O nome de um treinador de respeito, tanto para situação como oposição, pesou bastante na escolha. Mas Scolari não poderia escolher um momento melhor do clube, pois ele mesmo está em situação pior, como foi mostrado aqui. Ou Felipão terá uma grande passagem e voltará à carreira de treinador, ou será a derrocada final de um dos maiores técnicos da história do futebol.   
  

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