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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Diário da Copa - 21° dia

Luva de Ouro


Luva de Ouro do Mundial de 2010
 A sensação de que estamos a poucos dias do final da Copa causa tristeza para quem acompanha futebol, até mesmo pra quem só vê o Mundial e nada mais do esporte durante 4 anos. Poderíamos trancá-los todos no Brasil, não precisa escravizá-los (embora essa "moda" ainda exista), só fiquem aqui mesmo, fazendo uma Copa eterna. Não dá, né? Então jajá voltaremos tudo como era, volta o Brasileirão, contente-se com isso.    

 Em mais um dia sem jogos, falarei de um assunto que vem se destacando no Mundial 2014: como uma competição com tão alta média de gols consegue ter goleiros como destaque? São eles tão bons assim a ponto de o gol ser um mero detalhe (como diria Parreira)? Vamos relembrar as atuações que até agora foram destaque na Copa pra perceber o quão disputado será o prêmio de Luva de Ouro, tão brigado quanto o do título mundial.  



 Ochoa - Brasil 0 x 0 México
 Tá certo que valorizaram o trabalho dele mais do que deveriam, mas não dá pra negar que ele pegou muito. A cabeçada de Neymar no cantinho exigiu dele impulsão e agilidade para fazer uma defesa no estilo da histórica de Gordon Banks na Copa de 70. Ainda fez uma boa saída para bloquear o chute de Paulinho na entrada da pequena área e esteve bem posicionado num chute perigoso de Neymar e numa cabeçada de Thiago Silva. Júlio César também teve boa participação, só que não deu pra competir com Ochoa.



Buffon - Itália 0 x 1 Uruguai
 É sempre bom ver jogos de "Gigi" Buffon. Com 36 anos, o cara já é uma lenda e ainda consegue fazer defesas que muito goleiro jovem não faz. Contra o Uruguai, parou Suárez e Lodeiro num lance de agilidade e posicionamento. Já com a Itália jogando com um a menos, fez uma defesa sensacional cara-a-cara com Suárez. Pena que Godín passou por ele e eliminou a Azzurra, pois seria bem legal ver mais um pouco de Buffon na Copa. 

Bravo e Júlio César - Brasil 1 x 1 (3 x 2, pen.) Chile
 Fizeram de tudo para manter o empate durante os 90 minutos, depois os 30' de prorrogação. Bravo defendeu chutes de fora da área e justificou sua contratação pelo Barcelona. Já Júlio César salvou o Brasil no chute de Aránguiz, contou com a ajuda do travessão na finalização de Pinilla, mas na disputa por pênaltis foi decisivo ao pegar as cobranças de Pinilla e Sánchez.

Ochoa - Holanda 2 x 1 México

 Após Giovani dos Santos abrir o placar, o México recuou e deu espaço pra Holanda. Foi aí que Ochoa teve que aparecer novamente. Parou o chute De Vrij de forma fantástica (contando com a ajuda da trave), bloqueou o chute cruzado de Robben, mas não conseguiu evitar o gol de Sneijder, nem defender a cobrança de pênalti de Huntelaar. Mesmo assim, saiu com o prêmio de melhor jogador da partida. 



Navas - Costa Rica 1 x 1 (5 x 3, pen.) Grécia
 Parecia impossível para os gregos passarem por ele. Salpingidis viu seu chute de defendido com um toque de raspão da coxa direita de Navas. Nem ele, nem ninguém passava pelo goleiro costarriquenho, que saía para cortar cruzamentos, defendia cabeçadas e manteve sua seleção à frente, mesmo com um a menos, até os acréscimos, quando Sokratis empatou. Na prorrogação, parou a Grécia novamente em, no mínimo, mais duas vezes. Nos pênaltis, não conseguiu pegar as 3 primeiras cobranças, mas fez uma grande defesa no chute de Gekas e foi herói da classificação da Costa Rica para as quartas-de-final.

Enyeama - França 2 x 0 Nigéria
 Mostrou elasticidade, impulsão e bom posicionamento. Por muito pouco não conseguiu parar o ataque francês numa das melhores exibições de um goleiro no Mundial, só não foi melhor porque saiu mal no cruzamento de Valbuena, não tirou a Brasuca da área e ela sobrou pra Pogba fazer o primeiro gol.

M'Bolhi e Neuer - Alemanha 2 x 1 Argélia

 Foram duas atuações diferentes dos goleiros desta partida. Enquanto M'Bolhi foi bombardeado por alemães numa verdadeira Blitzkrieg e manteve a rede argelina intacta o máximo que pôde, Neuer atuou bastante como líbero, afastando muitas bolas vindas de lançamentos e evitando contra-ataques, fora uma ou outra defesa de chutes de longe. O trabalho com os pés do goleiro alemão é um dos destaques da seleção de Joachim Löw.

Benaglio - Argentina 1 x 0 Suíça
 É muito difícil parar a Argentina - principalmente Messi - durante 90 minutos. Pois é, Benaglio parou. Na cabeçada de Higuaín e nos chutes de Rojo e Messi, ele fez boas defesas e foi responsável por levar a partida para a prorrogação, onde seguiu fechando o gol, na cabeçada de Palacio e no chute forte de Di María. Só não conseguiu evitar o gol de Di María nos minutos finais. Ainda tentou um chute de bicicleta quando foi para o ataque no desespero de empatar, mas aí já é demais.

Howard - Bélgica 2 x 1 Estados Unidos
 Foram 16 defesas do goleiro norte-americano contra 4 de Courtois, o recorde de chutes defendidos por um goleiro nos últimos 50 anos de Copa do Mundo obtido por ele na partida não foi à toa. Com a perna direita, a perna esquerda e, claro, com as mãos. A maior atuação de um goleiro nesta edição de Mundial. A não classificação dos Estados Unidos deixou um gosto amargo para ele, que fez de tudo para dar EUA, mas teve que se contentar com uma conquista individual.

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