Pages

AddThis Smart Layers

468x60

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Novos nomes para o comando da Seleção

 A surra levada para a Alemanha encerrou da pior forma a Era Felipão. Com isso, nunca existiu momento melhor para o futebol brasileiro voltar a ser grande ("grande" quero dizer até os anos 80, quando foi a última vez que vimos o verdadeiro futebol brasileiro). Qual seria o melhor nome para mudar o curso da Seleção e voltá-la ao caminho não só das vitórias, mas também do jogar bonito? Os seguintes candidatos são apenas sugestões do Blog, alguns são um tanto utópicos, mas merecem a cogitação.

 Começando pelos brasileiros:
Tite - Sua passagem pelo Corinthians foi de muito sucesso, sendo considerada a melhor de um treinador por lá. Exige da equipe obediência tática e vibração dos jogadores. É um dos favoritos da CBF para assumir o cargo, ainda mais porque não tem compromisso com nenhum clube no momento, isso torna mais fácil sua chegada (vale lembrar o "não" de Muricy em 2010 para a Seleção por ele estar trabalhando no Fluminense). Porém, não tem o perfil de ser o cara que vá trazer o belo futebol do Brasil de volta, nem tem experiência em seleções.


 Muricy Ramalho - Poderia ser ele o treinador nesse Mundial caso não declinasse do acordo proposto pela CBF em 2010. Não é nenhum inovador tático, mas consegue resultados bons. É tetracampeão brasileiro (o treinador mais vezes campeão no século) e venceu a Libertadores com o Santos de Neymar. Também é um nome que soa bem nos ouvidos de quem escolhe o treinador na CBF, mas está numa situação semelhante a de 2010. Com o time que o São Paulo tem no momento, é provável que ele prefira seguir no Tricolor.


 Vanderlei Luxemburgo - Não é piada. Para algumas pessoas, ele já é um treinador ultrapassado, que quer aparecer mais que seus comandados, mas tem gente na CBF apreciadora do trabalho dele, principalmente os membros paulistas (Del Nero, presidente da entidade a partir de 2015, é um desses). Luxemburgo tem a esperança de retornar à Seleção, de onde ele acredita que foi demitido de forma injusta, em 2001, pelo presidente e ex-ditador do futebol Ricardo Teixeira, como uma maneira de diminuir a pressão que a CBF sofria na CPI da CBF/Nike. Se tiver projeto (ou "pojeto"), talvez ele fique bastante interessado.


 Alexandre Gallo - É um bom nome para um projeto visando o futuro. Ao contrário dos outros técnicos já citados, Gallo não tem uma coleção de títulos (o principal foi a Recopa Sul-Americana pelo Internacional em 2007), mas possui um bom trabalho nas categorias de base. Inclusive, ele é atualmente o treinador das categorias de base da Seleção e conquistou troféus com o sub-15, sub-17, sub-20 e sub-21. Marin defende a promoção dele para a equipe principal, porém Del Nero não é muito a favor dessa ideia. De fato, uma coisa é treinar a garotada, outra é comandar marmanjos, muitos deles já consagrados na Europa.


 Marcelo Oliveira - Iniciou sua carreira de treinador no sub-20 do Atlético-MG e ficou por lá durante 5 anos. Ganhou destaque no Coritiba em 2011, ao montar uma boa equipe, que permaneceu 24 jogos invicta e foi duas vezes vice-campeã da Copa do Brasil. Em 2013, assumiu o comando do Cruzeiro sob críticas de torcedores, que se acostumaram a ver ele jogando pelo Galo, mas conseguiu transformá-las em elogios, após a conquista do Brasileirão de forma formidável. Com um estilo de jogo ofensivo, embora arme também uma defesa organizada. Um nome muito bom para a Seleção, resta saber se ele aceitaria o cargo.

 Opções de fora (por mais difícil que seja ver um estrangeiro comandando a Seleção):

 Pep Guardiola - É um nome que muitos adorariam ver no comando da Seleção. Transformou o estilo de jogo do Barcelona e agora faz o mesmo no Bayern de Munique. Chegaram a afirmarem que ele estaria interessado de treinar o Brasil, mas isso não chegou perto de se concretizar. É considerado capaz de trazer o futebol brasileiro de volta. Porém, é pouco viável sua chegada. Duvido que ele aceitaria normalmente as coisas que acontecem na CBF (aí ele descobriria o porquê do Brasil ter perdido seu futebol encantador).  

 Jürgen Klinsmann - Foi quem deu o pontapé inicial para o desenvolvimento da geração
alemã que colocou o Brasil no bolso no Mundial de 2014 no ciclo da Copa de 2006. Foi duramente criticado na preparação para a competição na Alemanha por conta de resultados ruins e treinamentos pouco ortodoxos (como a prática de arco e flecha e a montagem de relógios, visando uma melhor concentração dos jogadores). Convocou uma equipe considerada mediana e levou-a ao terceiro lugar do Mundial, com um futebol envolvente. Não teve sucesso no Bayern de Munique, mas fez bom trabalho nos Estados Unidos nas Eliminatórias e na Copa 2014. Tem um belo currículo em seleções, embora seja pouco provável que ele apareça com o agasalho da Seleção na beira do gramado durante os próximos anos.

 Jorge Sampaoli - É viajar muito, eu sei. Como é que um argentino vai treinar o Brasil?! Mas ele tem capacidade de trazer a grande Seleção de volta. Não fez carreira de técnico na Argentina (passou pelo futebol peruano, equatoriano e chileno), ganhou destaque na incrível Universidad de Chile de 2011 e fez uma grande campanha pelo Chile no Mundial 2014, baseada nas ideias de "Loco" Bielsa, do qual Sampaoli é admirador. O problema seria aceitação por ser do país rival.    

 José Mourinho - É o mais estrategista entre os técnicos citados (viu, Luxa?). Se sua equipe precisa atacar, ele a monta ofensivamente forte. Caso necessite se defender, não tenha dúvida de que seu time irá armar uma bela retranca. Duvido que ele consiga resgatar o futebol brasileiro, mas fala português, tende a inovações táticas e tem um ego enorme, que ajuda a tirar a pressão dos jogadores (ao contrário do que se viu com Felipão/Parreira). Outra viagem? Provavelmente.

0 comentários:

Postar um comentário