Em muitas competições a seleção espanhola já foi dada como favorita, mas quase sempre não vencia. Só pra ficar no século XXI, a Copa de 2002, na qual a equipe de Hierro, Raul e Morientes perdeu para a Coréia do Sul, em um jogo polêmico, e a Copa de 2006, com boa parte do elenco da Copa anterior, que acabou com os espanhóis sendo escorraçados pela França de Zidane. Porém, a situação começou a mudar quando o treinador Luis Aragonés implantou uma tática de variação de posição, toques rápidos, posse de bola, qualidade técnica e disciplina defensiva que já mostrava resultados no Barcelona, era o "tiki-taka". Xavi, Iniesta, Puyol, Piqué, Pedro e outros jogadores do Barça se aliaram aos selecionáveis do Real Madrid, como o capitão Casillas, e aos outros grandes jogadores espanhóis espalhados espalhados pelo resto da Espanha e da Europa, tais como David Silva, Juan Mata e Fernando Torres. Antes da Copa 2010, a Furia Roja já havia deixado de ser "pipoqueira" e conquistou a Euro de 2008.
Derrota para a Suíça ligou a "chave" do Mundial |
Na África do Sul, o treinador era outro. Mas Vicente del Bosque não mexeu muito na equipe campeã europeia, mesmo após a surpreendente derrota para os Estados Unidos na Copa das Confederações. Entrou no grupo H da competição, junto com Chile, Honduras e Suíça. O nervosismo da estreia atrapalhou a Espanha contra a Suíça, que foi responsável pela primeira zebra da Copa ao vencer por 1 a 0 a principal favorita ao título mundial. A derrota motivou os ibéricos, que a partir daí mostraram o futebol e a raça da Roja. Começando contra os hondurenhos, que viram a vitória espanhola sair naturalmente por 2 a 0. Em seguida, os chilenos tentaram parar, mas não conseguiram por muito tempo, o ataque da Espanha, o jogo acabou 2 a 1, gols de Villa e Iniesta, e vaga para as oitavas garantida.
No início do mata-mata, o clássico ibérico contra Portugal, de Cristiano Ronaldo. Dominaram
Villa comemora o gol chorado contra o Paraguai |
o jogo, mas tiveram dificuldades de marcar na baliza do goleiro Eduardo, até Xavi fazer o gol da vitória. Nas quartas-de-final, o adversário tinha tudo pra ser mais fácil: o Paraguai. Engano de quem pensou isso, já que o jogo teve o tempo mais emocionante da trajetória espanhola. A segunda etapa da partida foi brilhante, ainda mais após um primeiro tempo fraco. Dois pênaltis marcados, um pra cado lado, e o resultado seguia 0 a 0, tenso, até Villa marcar. Contra a forte Alemanha, del Bosque soube anular as forças adversárias recuando sua equipe. A Espanha dominou o jogo, mas apenas o zagueiro Puyol, de cabeça, apareceu para fazer o gol, outro 1 a 0, vaga na final, finalmente.
Holanda ou Espanha, uma das duas seleções conquistaria o título inédito. Jogo duro, algumas vezes violento, mas prevaleceu a técnica, a tática e raça da Furia. Após 0 a 0 no tempo normal, a prorrogação teve a consagração do "tiki-taka". Com um gol de Iniesta, os espanhóis levaram o Mundo pra casa.
Time base
1- Casillas; 15- Sergio Ramos, 3- Piqué, 5- Puyol, 11- Capdevilla; 16- Busquets, 14- Xabi Alonso, 8- Xavi;
6- Iniesta, 18- Pedro, 7- Villa.
Técnico: Vicente del Bosque
Espanha x Paraguai
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Espanha x Alemanha
Holanda x Espanha
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