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sábado, 15 de março de 2014

Seleção histórica - Uruguai

Brasil, 1950. 
 Silêncio... foi a melhor coisa que o futebol uruguaio "ouviu" em sua história. O Maracanã se calou na final da Copa de 50. Se os brasileiros sofreram com a derrota, os uruguaios até hoje lembram do Maracanazo. Mesmo porque ninguém esperava muita coisa da Celeste pelas bandas do Rio da Prata. A preparação para a Copa foi ruim, com a seleção ficando meses sem um treinador, além de poucas vitórias nos jogos preparatórios. 
Obdulio Varela
 Se faltava ritmo, não faltava raça e valentia, muito por causa da liderança de Obdulio Varela, capitão da equipe. Também não faltou sorte. Com um sistema esquisito (devido às desistências de Índia, Turquia e Escócia), a Copa de 50 tinha 4 grupos, sendo 2 com 4 seleções, um com 3 e o último com duas equipes . Os uruguaios foram para esse último grupo, juntamente com a fraca Bolívia. Em jogo único, a Celeste fez 8 a 0 no adversário sul-americano e já passou pra fase final.
 Na época, a Copa fazia sua fase final com um quadrangular, nele estavam as 4 seleções que lideraram os grupos da primeira fase, Brasil, Espanha, Suécia e Uruguai. No primeiro jogo, enquanto os brasileiros faziam 7 a 1 nos suecos, os uruguaios empataram com a Espanha por 2 a 2. Na rodada seguinte, outra goleada tupiniquim, 6 a 2 contra os espanhóis. A Celeste fez 3 a 2 contra a Suécia e foi para o último com chances de título, assim como o Brasil. Por isso, o jogo foi considerado a final oficial do torneio.
Maracanã, ainda em obras, lotado para a final da Copa de 50
 Com tantas goleadas da seleção da casa, o Uruguai era tratado com "presa fácil". Esse clima de jogo ganho antes da hora mudou o foco da equipe brasileira, além de motivar ainda
Gol de Friaça para o Brasil
mais o adversário, que entrou em campo no Maracanã disposto a surpreender. Os 200 mil que presenciaram a partida viram um primeiro tempo com pouca ação, os pontas brasileiro foram bem marcados e a frieza da defesa uruguaia anulou o ataque acostumado a golear, que com o empate já seria campeão. Porém, já no primeiro minuto da etapa complementar, Friaça abriu o placar, para a festa no Maracanã. Com o gol, o Brasil tirou o pé, e os uruguaios avançaram. Descobriram uma avenida pelo lado direita,
Gol de empate de Schiaffino
Alcides Ghiggia começou a fazer estragos por lá. Com velocidade e habilidade, o uruguaio fez a jogada do gol de empate, marcado por Schiaffino, mas o pior estava por vir.
Alcides Ghiggia
 Em jogada parecida com a do primeiro gol, Ghiggia apareceu pela direita na grande área, Schiaffino estava na área, o goleiro Barbosa pressentiu o passe para ele e deu um passo para o lado, assim como os defensores foram em direção ao suposto alvo de Ghiggia. Sozinho e vindo Barbosa mal posicionado, o camisa 7 Celeste chutou para o gol... e virou o jogo faltando dez minutos para o fim. O Brasil se calou. O jogo acabou. A façanha do Uruguai em pleno Maracanã jamais foi esquecida pelos torcedores da Celeste, até mesmo amedronta alguns brasileiros, que temem em um segundo Maracanazo. Difícil acontecer outro, não como aquele.      
O gol de Ghiggia calou o Maracanã

Time base
Técnico: Juan López Fontana


Uruguai x Espanha

Uruguai x Suécia

Uruguai x Brasil

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