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sexta-feira, 14 de março de 2014

A casa caiu!

 Não bastasse um, existem atualmente dois casos de nomes tidos como idôneos no esporte que não merecem ser tão respeitados assim. Um no Brasil, outro na Alemanha. Um no vôlei, outro no futebol.
Uli Hoeness
 Começando pelo que está mais longe daqui. O ex-jogador e presidente do Bayern de Munique, amigo pessoal da primeira-ministra alemã Angela Merkel e figura respeitadíssima em seu país, Uli Hoeness, viu sua casa cair no ano passado, quando foi descoberto que ele não havia declarado EU$ 27 milhões de sua conta na Suíça. O campeão mundial em 74 foi condenado a 3 anos e meio de prisão um ano depois. Hoeness tinha seu nome gritado por torcedores bávaros, era exemplo de pessoa. Era. Bom, pelo menos aceitou sua sentença e decidiu não recorrer e aceitar a pena que lhe foi imposta. Além disso, saiu da presidência do Bayern. Mas é difícil falar de dignidade depois do que ele fez. Por mais que sonegação de imposto seja comum e tratado como nada demais no Brasil, fica o exemplo pra justiça e a sociedade brasileira.

 O segundo caso de barraco indo ao chão estourou este mês, com a divulgação do "Dossiê
Ary Graça
Vôlei" pela ESPN Brasil. Empresas que têm como acionistas dirigentes da Confederação Brasileira de Vôlei foram remuneradas pela firmação do contrato de patrocínio entre a confederação e o Banco do Brasil. Em meio às comprovações dos problemas, aparece o nome de Ary Graça, presidente durante 17 anos da CBV. Empresas de pessoas ligadas a Ary também receberam dinheiro por "intermediar" a negociação do patrocínio. O homem forte do voleibol brasileiro usou as grandes gerações do esporte que surgiram nos anos pós o ouro olímpico de 1992 para construir seu nome como uma figura brilhante. O ego de Graça foi além. O centro de treinamento construído em Saquarema, que ajudou bastante nas conquistas do vôlei nos últimos anos, recebeu seu nome, uma forma de homenagear o "magnânimo" cartola do segundo esporte mais popular do Brasil. 

 Pois é, até deu pra segurar durante 17 anos a verdadeira graça de Ary. Ele conseguiu se eleger presidente da Federação Internacional de Voleibol e agora está em águas internacionais com sua barca furada, ou seria um iate? O certo é que devem ter dezenas de imagens dele nas paredes, assim como tem no CT do Brasil, como se ele fosse o maior responsável pelo sucesso do país no esporte. Ele até pensava em acumular funções, como presidente da CBV e da FIVB simultaneamente, mas não deu, né? A casa caiu. Ele enganou bem, enquanto pôde. 

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