O título mundial tinha virado necessidade para os franceses, que viram suas gerações anteriores ficarem no "quase" ou nem isso. Em 58, Fontaine e Kopa não conseguiram mais que o 3° lugar, nos anos 80, com Platini, Tigana, Luis Fernández (Os Três Mosqueteiros) e Papin, outra geração frustrada e a de 90, liderada por Cantona, ficou fora de duas copas. Até Zidane, Djorkaeff, Blanc, Didier Deschamps, Lilian Thuram e companhia aparecerem. Na Euro 96, a semifinal conquistada mostrou que a equipe tinha futuro e no Mundial, jogando em casa, foi comprovado.
França x Arábia Saudita |
Colocado no grupo C, juntamente com África do Sul, Arábia Saudita e Dinamarca. Classificação relativamente fácil para os anfitriões. Na estreia, fizeram 3 a 0 nos sul-africanos, depois conseguiram um 4 a 0 contra os sauditas. No jogo mais difícil da primeira fase, os dinamarqueses, de Peter Schmeichel e Michael Laudrup, venderam caro a derrota, por 2 a 1, com um gol de pênalti pra cada lado (Laudrup para a Dinamarca e Djorkaeff para a França) e Petit desempatando na segunda etapa. Tudo seguia conforme o planejado para Les Bleus.
Di Biagio perde o pênalti, classificando a França |
Os mata-matas foram duros para os corações franceses. A começar pelo jogo das oitavas-de-final. O Paraguai, de Gamarra, Arce e Chilavert, segurou o 0 a 0 no tempo normal. Na prorrogação, com gol de ouro, o domínio da França continuou, até que Blanc garantiu a classificação, aos 113 minutos. Mas o que é uma vitória por gol de ouro perto de uma vitória nos pênaltis? Pois é, contra a Itália, de Cannavaro, Maldini, Del Piero e Vieri, outro 0 a 0 trouxe emoções maiores que as da partida anterior. A falta de precisão do ataque francês já vinha preocupando, mas nesse jogo foi demais. Pelo menos nas penalidades a França não falhou menos que a Itália, e acabou com a vitória por 4 a 3.
Franceses comemoram o segundo gol de Thuram contra a Croácia |
O cansaço das prorrogações poderia atrapalhar o elenco, aí vinha o diferencial da equipe da casa. O banco contava com "reservas de luxo", entre eles Thierry Henry, David Trézeguet, Robert Pirès e Patrick Vieira. Bom, seguindo o sufoco, a França enfrentou a Croácia na semifinal. O 0 a 0 no primeiro tempo aumentou a expectativa de mais um jogo indo para a prorrogação, mas isso ficou só na primeira etapa, porque com 1 minuto de jogo, Thuram falhou e Suker aproveitou para abrir o placar. Só que o defensor francês se redimiu no minuto seguinte, ao igualar o placar. Pra acabar de vez com a sensação de culpa, Thuram foi às redes mais uma vez. Jogo mais tranquilo que os anteriores, né? Não! Blanc foi expulso a 14 minutos do final e dá-lhe pressão croata pra cima da França, que conseguiu se sustentar até o final. Les Bleus na final.
Tá bom, franceses na final, mas como derrotar o Brasil, com Ronaldo jogando de forma fantástica e o ataque deixando a desejar em muitos momentos? A resposta veio no dia 12 de julho, no Stade de France. Tem brasileiro que achou que foi "marmelada", mas na verdade foi um chocolate francês. Enquanto Ronaldo e os outros brasileiros jogavam abaixo de seus potenciais, via-se uma França sólida e aproveitando os erros do adversário. Zidane, com dois gols de cabeça, e Petit sacramentaram os 3 a 0. Título histórico da França, campeões do Mundo. Sem falar o outro título: de principal carrasco do futebol brasileiro.
Time base
Técnico: Aimé Jacquet |
França x Paraguai
França x Itália
França x Croácia
França x Brasil
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